Na tarde desta terça-feira (16), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o sigilo bancário de 11 deputados bolsonaristas seja quebrado. Moraes ordenou também que as redes sociais Facebook, Instagram e YouTube forneçam relatórios sobre pagamentos efetuados a canais de internet de apoiadores do governo que fazem apologia a esses atos.
O objetivo é verificar se os parlamentares ajudaram a monetizar alguns dos canais pró-presidente Jair Bolsonaro. Algumas destas mídias vinham praticando atos antidemocracia, com ataques contra o STF, o Congresso Nacional, o Estado de Direito, entre outros.
Manifestações como essas podem configurar crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.
Como o jornal O Globo mostrou, recursos de empresas estatais e da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) foram parar em sites que publicam notícias falsas e fazem apologia a uma intervenção militar. A CPMI das Fake News identificou também a veiculação de dois milhões de anúncios da Secom em sites considerados inadequados.
Os deputados que terão os sigilos quebrados são:
Daniel Silveira, deputado federal (PSL-RJ)
Junio do Amaral, deputado federal (PSL-MG)
Otoni de Paula, deputado federal (PSC-RJ)
Caroline de Toni, deputada federal (PSL-SC)
Carla Zambelli, deputada federal (PSL-SP)
Alessandra da Silva Ribeiro, deputada federal (PSL-MG)
Beatriz Kicis, deputada federal (PSL-DF)
Coronel Girão, deputado federal (PSL-RN)
José Guilherme Negrão Peixoto, deputado federal (PSL-SP)
Aline Sleutjes, deputada federal (PSL-PR)
Aroude de Oliveira, senador (PSC-RJ)
Moraes tomou a decisão em consonância com a busca em apreensão realizada na terça (16) contra 21 pessoas ligadas à organização dos atos antidemocráticos. Entre os alvos da Operação Lume, estavam o blogueiro Allan Terça Livre e o empresário brasiliense Luís Felipe Belmonte.