Camilla Sanches
[email protected]
Os irmãos Aparecido e Marcelo, naturais de Franca, interior de São Paulo, são conhecidos do grande público como a dupla Gian & Giovani, donos de hits como Nem Dormindo Consigo Te Esquecer e dos versos animados “Vamos dar as mãos, 1,2,3…”. Esta noite, a partir das 22h, eles são atração da Villa Boêmia, no Pistão Sul de Taguatinga, e vão cantar sucessos dos mais de 20 anos de estrada e canções inéditas do novo álbum.
Aos 38 anos, o primeira voz, Giovani, credita a longevidade da dupla e a bem-sucedida carreira ao amor com que ele e o parceiro de palco levam o trabalho. “Plantar coisas boas, tratar bem as pessoas por onde passar. Este é o segredo para o artista continuar fazendo sucesso naquilo que faz”, ensina ele.
“A cada CD lançado, procurar sempre fazer com muito amor e dedicação. Cantar não é o que a gente faz, é o que nós somos. Sonhamos viver de música desde crianças e hoje, graças a ela, alcançamos muito mais do que imaginamos ter um dia”, agradece.
Nessa tentativa de fazer o seu melhor, os cantores apresentam em Brasília repertório do mais recente trabalho, Joia Rara, que será lançado nacionalmente na próxima segunda-feira e inclui regravações e novas faixas, como a atual música de trabalho Esperanças Não Morrem Assim, do compositor Victor Chaves, da dupla Victor & Léo.
O disco se distancia das tradicionais modas de viola, mas mantém o romantismo característico da trajetória de Gian & Giovani pela música sertaneja. De novidade, o público vai poder conferir um som mais agitado, que pode ser comparado ao subgênero sertanejo universitário, sem fugir, é claro, das raízes que os projetaram pelo País.
O início de tudo
O maior incentivo no começo da carreira veio de casa mesmo. Os pais dos artistas foram seus primeiros fãs. “Nós morávamos na roça. Somos de uma família humilde e eles sempre nos deram total apoio”, recorda Giovani. Para começar, formaram o trio Sereno, Sereninho e Gauchinho, que contava com a participação do irmão Arnaldo.
Juntos, tocaram em bares e restaurantes da região, mas, já adolescentes, chegaram à conclusão de que o nome artístico do conjunto era muito infantil.
“Um tio nosso, muito fã de uma dupla chamada Gilberto & Gilmar, deu a ideia de trocarmos o nome para algum que começasse com a letra G e, depois de muitas sugestões, surgiu Gian & Giovani”, lembra o cantor. O terceiro irmão passou a integrar a banda de apoio na nova formação de dupla.
Os principais ídolos naquela época eram Chitãozinho & Xororó e o rei Roberto Carlos. “O Chitão se tornou um grande amigo e é até padrinho do meu casamento”, revela o primeira voz. “Com o rei, recentemente, tivemos a alegria de dividir o palco no especial Emoções Sertanejas, que virou DVD. Foi uma honra para a gente, pela luz, pela pessoa e por tudo que ele representa para a música brasileira. Foi a verdadeira consagração da carreira para nós”, afirma.
