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Xadrez: Hans Niemann e Magnus Carlsen encerram processo de mais de R$ 552 milhões

“Temos o prazer de informar que chegamos a um acordo com Hans Niemann para deixar nossas diferenças para trás e seguir em frente juntos sem mais litígios”, informou o site.

Redação Jornal de Brasília

29/08/2023 15h29

Foto: Reprodução

Um dos casos mais rumorosos do mundo do xadrez chegou ao fim. A disputa judicial envolvendo Hans Niemann, enxadrista americano de 20 anos, o norueguês Magnus Carlsen, de 32, e o streamer americano Hikaru Nakamura foi arquivada depois de muito barulho no ano passado. De acordo com o jornal britânico The Guardian, um comunicado oficial do site chess.com informou que as partes optaram por não seguir com a disputa judicial e o processo de US$ 100 milhões, cerca de R$ 552 milhões, foi encerrado de forma amigável.

“Temos o prazer de informar que chegamos a um acordo com Hans Niemann para deixar nossas diferenças para trás e seguir em frente juntos sem mais litígios”, informou o site. “Neste momento, Hans foi totalmente reintegrado ao chess.com e esperamos sua participação em nossos eventos de xadrez. Gostaríamos também de reafirmar que mantemos as conclusões do nosso relatório público de outubro de 2022 sobre Hans, incluindo que não encontramos nenhuma evidência determinante de que ele tenha trapaceado em quaisquer jogos presenciais. Todos nós amamos o xadrez e apreciamos todos os fãs apaixonados e membros da comunidade que nos permitem fazer o que fazemos”, explicou o site em nota.

Tudo começou quando Niemann venceu Carlsen. O norueguês campeão mundial de 2013 a 2023 optou por não comentar a derrota em um primeiro momento e também não participou da Sinquefield Cup, prestigiado torneio da modalidade. A ação gerou estranheza no mundo do esporte antes de Carlsen se posicionar, indicando que Niemann havia “trapaceado” no jogo com a ajuda de Hikaru Nakamura, um streamer que joga xadrez, e o site chess.com, responsável pelo domínio dos jogos online do esporte no mundo.

Após a acusação, Hans Niemann explicou que chegou a usar de trapaça algumas vezes quando era mais jovem e entrou com o processo contra o adversário. Acusado por Magnus Carlsen de ajudar Niemann, o site chess.com fez uma investigação nas partidas envolvendo o atleta e informou em relatório de 72 páginas que encontrou indícios de que Hans “provavelmente trapaceou” em disputas entre 2015 a 2020. Apesar do que foi divulgado pelo site, Hans continua negando as acusações.

“Reconheço e compreendo o relatório do chess.com, incluindo a sua declaração de que não há nenhuma evidência determinante de que Niemann trapaceou no seu jogo contra mim na Sinquefield Cup”, disse o norueguês. “Estou disposto a jogar contra Niemann em eventos futuros, caso estejamos juntos. Estou satisfeito que meu processo contra Magnus Carlsen e o chess.com tenha sido resolvido de uma maneira mutuamente aceitável, e que estou retornando ao chess.com. Estou ansioso para competir contra Magnus no xadrez, e não no tribunal”, disse Hans.

ENTENDA O CASO

A derrota de Magnus Carlsen para Niemann e sua posterior desistência do prestigiado torneio Sinquefield Cup, nos Estados Unidos, chamou atenção do mundo do xadrez. Após a derrota, o norueguês foi às redes sociais com uma mensagem enigmática. Na postagem, publicou um vídeo do técnico de futebol José Mourinho, da Roma, em que o português diz “eu prefiro não falar. Se eu falar, eu vou entrar em um grande problema e eu não quero isso”. Alguns dias depois, Carlsen voltou a tocar no assunto e foi contundente: afirmou que Niemann trapaceou na partida, criando assim uma enorme polêmica.

Pouco depois, ambos voltaram a se enfrentar, e Carlsen, mais uma vez, abandonou a partida, válida pela sexta rodada da Julius Baer Generations Cup, da etapa de Meltwater na Turnê dos Campeões. Após a partida, voltou a acusar o rival.

Na esteira das acusações de Carlsen, a plataforma chess.com divulgou uma apuração apontando que Niemann “provavelmente trapaceou” em mais de 100 partidas na plataforma, inclusive em eventos com premiação em dinheiro. Contudo, o relatório de 72 páginas diz que não foi possível encontrar “evidências estatísticas concretas” que comprovem as trapaças.

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