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Vôlei brasileiro em busca do lugar mais alto do pódio no Japão

Entre os homens, o desafio é repetir o ouro conquistado em casa, na última edição das Olimpíadas, mesmo com a Polônia tentando atrapalhar

Redação Jornal de Brasília

23/07/2021 6h33

Para esquecer a frustração dos Jogos Rio 2016, quando estava em busca do tricampeonato olímpico mas acabou eliminada nas quartas de final, a seleção brasileira feminina de vôlei tentará em Tóquio recuperar o lugar mais alto do pódio.

Já entre os homens, o desafio é repetir o ouro conquistado em casa, na última edição das Olimpíadas, embora a Polônia, campeã mundial em 2014 e 2018, se apresente como principal adversária, liderada pelo cubano naturalizado polonês Wilfredo León.

As meninas brasileiras, comandadas pelo técnico José Roberto Guimarães sofreram uma derrota dolorosa no Maracanãzinho há cinco anos.

Depois de terminar a primeira fase do torneio em primeiro lugar do grupo, com cinco vitórias em cinco jogos, a equipe caiu nas quartas diante das chinesas, que mais tarde ficaram com a medalha de ouro.

Essa foi a primeira vez desde os Jogos de 1988 que a equipe brasileira não chegou a uma semifinal olímpica.

Agora, na capital japonesa, a seleção conta com três jogadoras que estiveram em quadra na eliminação de 2016: Natalia Pereira, Fernanda Garay e Gabriella Guimarães.

Quem pode atrapalhar a campanha do Brasil é a Sérvia, bicampeã europeia (2017 e 2019) e mundial (2018) e que está no mesmo grupo. E o único que título que falta ao país é a medalha de ouro, já que ficou com a prata no Rio.

Outra pedra no caminho para o lugar mais alto do pódio é a seleção dos Estados Unidos, que venceu as duas últimas Ligas das Nações (antiga Liga Mundial), batendo nas duas ocasiões as brasileiras nas finais. E a mais recente ocorreu há apenas algumas semanas.

“A partida contra os Estados Unidos foi decidida em detalhes”, disse Tandara Teixeira, ouro em Londres-2012 e que está de volta às Olimpíadas após não participar da campanha em 2016.

“Estamos no caminho certo para os Jogos de Tóquio. Agora devemos continuar a trabalhar duro para melhorar ainda mais”, afirmou a jogadora.

O desafio da primeira fase é se classificar para as quartas de final, terminando entre os quatro primeiros de seu grupo de seis times.

Mas acima de tudo ficar no topo da classificação para se encontrar o mais tarde possível, não antes da final, com o outro líder do grupo.

Brasileiras e sérvias não tiram da cabeça o dia 31 de julho, data em que as duas equipes se enfrentarão no torneio, na partida que os especialistas afirmam que definirá a cobiçada primeira posição da chave.

45 anos depois, a Polônia pode ressurgir

No vôlei masculino, a Polônia se apresenta como o time a ser batido. “Só me preparo para ganhar o ouro, não a prata ou o bronze. Treino para vencer”, explicou Wilfredo León, que, aos 27 anos, faz sua estreia nas Olimpíadas.

Os poloneses querem repetir a medalha de ouro conquistada em Montreal-1976, dois anos depois de ser campeão mundial.

Os poloneses esperavam esse título em 2016, mas foram atropelados pelos Estados Unidos (3 a 0) nas quartas de final. Agora a equipe europeia acredita estar pronta para esta conquista.

“Atualmente, nenhum país do mundo tem um grupo tão forte e numeroso”, orgulha-se o ex-jogador Wlodzimierz Sadalski, membro da ‘Geração de Ouro’ da Polônia na década de 1970. Os brasileiros, portanto, têm um adversário sério para defender o título olímpico.

O Brasil, equipe mais vitoriosa dos Jogos com três ouros e três pratas, nomeou Bruninho como um dos responsáveis para levar a bandeira do país na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio.

“Sinto-me um simples representante de tudo o que o vôlei simboliza para o povo brasileiro em dedicação, determinação e trabalho em equipe”, afirmou o capitão da seleção.

E os jogadores brasileiros poderão contar com o comando do técnico Renan Dal Zotto, prata em Los Angeles-1984, que retornou ao cargo após superar os severos efeitos da covid-19, no início de julho, depois de ficar hospitalizado por um longo período, sendo inclusive intubado, e de passar por uma lenta recuperação.

© Agence France-Presse

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