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Sem seu técnico em Tóquio, Darlan Romani mira superação para brigar por medalha

Aposta do Brasil no arremesso de peso, o catarinense enfrentou as adversidades causadas pela pandemia, pegou covid-19

Redação Jornal de Brasília

22/07/2021 7h19

Não foram poucos os obstáculos enfrentados por Darlan Romani neste ciclo olímpico. Aposta do Brasil no arremesso de peso, o catarinense enfrentou as adversidades causadas pela pandemia, pegou covid-19, enfrentou uma lesão nas costas e passou os últimos meses longe do seu treinador. Mesmo assim, ele manteve a confiança alta para sonhar com uma medalha nos Jogos de Tóquio.

“A minha expectativa é muito boa para a Olimpíada. Quero fazer boa qualificação e boa final. Trazer bons resultados para o Brasil”, projeta o atleta, que passou seis meses sem competir entre o fim do ano passado e o início do atual. “Embora não satisfeito, tenho convicção de que voltei arremessando bem.”

O afastamento das competições foi causada pela lesão nas costas, seguida pela infecção por covid-19. Darlan voltou a disputar campeonatos somente no mês passado, no Troféu Brasil de Atletismo, em São Paulo. Emendou logo quatro vitórias seguidas, mesmo longe do seu técnico, o cubano Justo Navarro.

Especialista no arremesso de peso, Navarro foi visitar familiares em seu país em dezembro e não pôde retornar ao Brasil por causa da pandemia. “A situação é difícil porque o olho do treinador faz toda a diferença”, lamenta Darlan, que já vinha enfrentando dificuldades para treinar em razão das restrições causadas pela covid-19.

“Foram tempos difíceis, de improvisação. O Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista, fechou. Fiz um setor de arremessos num terreno ao lado de casa, montei uma academia na minha residência com equipamentos emprestados pela Confederação, usei material do meu projeto social”, lembra o atleta de 30 anos, que vai para sua segunda Olimpíada.

No Rio-2016, foi quinto colocado. Desde então, vem melhorando suas marcas. No Mundial de Doha, em 2019, foi o quarto colocado, com 22,53 metros, marca com a qual seria campeão mundial e olímpico em todas as edições anteriores das duas competições. A meta é ao menos repetir esta distância na capital japonesa. “Pelas projeções do meu treinador, com mais de 22,50m, seria medalha”, avalia.

Em 2020 e neste ano, porém, Darlan ainda não conseguiu repetir esta performance. “Não fico satisfeito com os resultados. Quero sempre mais. Não estou feliz com as marcas de 2020, de 21,52m, nem de 2021, com 21,56 m. Sei que posso conseguir mais.”

Apesar disso, ele evita apontar uma meta de distância. “Não falo de marcas. Eu entro para competir comigo, não com ninguém. Tenho visto que o pessoal tem arremessado bem, o americano Ryan Crouser bateu recorde mundial”, afirma, em referência ao campeão olímpico no Rio-2016. Ele bateu o recorde mundial, com 23,37m, na seletiva olímpica dos EUA. Assim, detém a melhor marca do mundo tanto indoor quanto ao ar livre.

Estadão Conteúdo

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