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Paralimpíada de Tóquio: craque do golbol diz que é necessário estar em alerta para saúde mental

Para o craque do golbol, Leomon Moreno, é necessário estar muito atento à preservação da saúde mental nesse tempo de pressão e incertezas

Agência UniCeub

27/08/2021 19h34

Gabriel V Romeiro e Érica Miranda
Agência UniCeub

Em um momento tão delicado e conturbado que mundo vive com a pandemia do coronavírus, a saúde mental de atletas tanto olímpicos quanto paraolímpicos foi colocada ainda mais em evidência. Ginásios, quadras, arenas e outros centros desportivos fecharam suas portas e mesmo com treinos adaptados para suas casas, os atletas não tinham acesso a todos os recursos necessários para manter a eficiência dos treinos presenciais, o que aumentou as incertezas das equipes. Para o craque do golbol, o ceilandense Leomon Moreno, é necessário estar muito atento à preservação da saúde mental nesse tempo de pressão e incertezas.

“Com certeza a preparação mental dos atletas foi posta em evidência durante a pandemia, pois nos fomos obrigados a nos distanciar e a fazer treinos remotos, não estávamos tendo o principal do nosso esporte, o golbol, a coletividade é um esporte coletivo, e essa parte mental afeta muito na desenvoltura do atleta. Então tenho certeza de que o trabalho de psicólogos ganhou um destaque maior durante o período da pandemia”.

Leomon Moreno explica que os atletas tentaram potencializar ao máximo o foco nos treinamentos com atitudes de resiliência diante desse momento difícil. “A gente se renova, revigora cada dia mais os nossos votos de busca pela nossa excelência”.

Do ponto de vista de atleta, Leomon destaca as incertezas como o principal motivo de pressão psicológica sofrido por ele e explica que depois de saber que os jogos paraolímpicos não aconteceriam mais em 2020.

Arte: Gabriela Tomáz

“Procuramos estar próximos a pessoas que os fortaleçam cada dia mais principalmente familiares que normalmente nos incentivam muito, nos dão muita força eles são a nossa base eles nos auxiliam muito nesses momentos em que precisamos nos manter focados e manter nosso poder de resiliência elevado mantendo tudo isso além da dedicação aos treinos, procurando a evolução fica mais fácil assim de manter a mente estável”.

Carga psicológica

A psicóloga Fernanda Silva explica que a carga de pressão psicológica entre os atletas, antes e após os treinos e campeonatos, envolve diferentes fatores.  “Antes dos treinos é uma preparação muito grande de concentração, em relação aos objetivos que o atleta tem a alcançar, e também a expectativa no ponto da ansiedade de alcançar o maior patamar que é o primeiro lugar”.

Ela contextualiza que os atletas acabam tendo esses espectros de poder. “Ter que alcançar o primeiro lugar, não com a intencionalidade de somente competir e sim de que o atleta, ter  que ver e lidar com as pressões  internas, e também a pressão externa”

A profissional acrescenta a pressão social durante os treinos pode causar crises de estresse e ou desconforto mental.  “Quando a pressão psicológica é muito grande, a tendência é ficar mais ansioso e a ansiedade começa a atrapalhar os objetivos então a propensão a erros é muito maior”.

 Essa situação pode fazer com que as lesões surjam muitas vezes pelo esforço exagerado, como resultado do estresse. “A exaustão mental é mais intensa que a física. Isto já foi comprovado cientificamente, ocasionando até mesmo o típico branco no atleta. Para ela, é necessário que existam válvulas de escape. 

“Ele necessita de uma equipe multiprofissional que esteja o tempo todo com ele, de um terapeuta um preparador. Toda uma equipe médica em prol de aliviar esse estresse como um suporte para o atleta. É muito importante também que o atleta mantenha vínculos com a família e amigos, vínculos saudáveis, alimentação saudável.

Para ela, é importante evitar o uso excessivo das redes sociais e ter mais cuidado com as redes sociais, para evitar algumas situações conflituosas. “A pandemia fez com que os próprios atletas entrassem em desorganização. Então eles não tiveram tempo suficiente para se preparar, o que levou nos jogos olímpicos a resultados negativos por este despreparo”, afirma Fernanda Silva.

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