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Nadadora de 12 anos, diagnosticada com autismo, participa de competição internacional na Colômbia

A competição vai ocorrer entre 2 e 10 de dezembro na cidade de Bucaramanga na Colômbia

Redação Jornal de Brasília

13/11/2024 19h05

nadadora12anos

Foto: Divulgação

Por Caio Aquino
Agência de Notícias Ceub

A nadadora Talita Zoe Queiroz Gomes, de 12 anos, diagnosticada com deficiência mental e autismo, conquistou sua primeira convocação para os Jogos Sul-Americanos Escolares 2024. A competição vai ocorrer entre 2 e 10 de dezembro na cidade de Bucaramanga na Colômbia.

Surpresa

Zoe começou a treinar há apenas um ano. Os pais não contiveram a animação ao falar da filha.

“Foi uma excelente surpresa porque ela já tinha sido convocada para as Paralimpíadas Escolares em São Paulo. A preparação estava sendo para esse evento. A gente não sabia que ela estava prestes a ser convocada também para esse sul-americano”, afirmou a mãe, Francislene Queiroz.

O treinador da equipe Nauru, que trabalha com atletas com deficiência,. Ele comentou que Zoe surpreendeu a todos com sua habilidade e já vem se tornando uma das atletas de expressão no cenário nacional com apenas 12 anos.

“Eu acho que isso é muito importante até para a carreira dela como atleta. Ela é apenas uma criança ainda. Eu estou muito feliz e é importante que isso seja divulgado e lembrado”, comentou o treinador.

Adaptações

A rotina de Zoe é desafiadora segundo seus pais, ainda mais por ser um momento em que a atleta ainda está se adaptando. A mãe conta que, além da escola e dos treinos ela também realiza um trabalho multidisciplinar em uma clínica e ambos os pais contam com seus trabalhos para prestar suporte à filha nesta rotina. 

“A gente também tem outro filho que não tem deficiência, mas também demanda algum acompanhamento. Ela treina quatro dias por semana, em dois vai à clínica. De manhã, sempre no colégio”.

Mãe e treinadora

Devido ao calendário do Sul-Americano, Zoe não poderá contar com seu técnico que estará com a equipe MarkSwim Nauru no campeonato brasileiro. A mãe da atleta vai acompanhá-la no campeonato.

“Sou formada em educação física e em nutrição. Mas eu nunca imaginei que um dia e tão rápido iria acompanhá-la como técnica e mãe. Ainda estou numa mistura de sentimentos”.

A mãe da menina e o pai, Marcelo, destacam ainda que o professor Marcão os ajudou não apenas para gerar o melhor rendimento esportivo, mas também para compreender e se inserir na realidade de Zoe.

“A gente não tinha noção do que era criar uma criança com deficiência, então assim a gente acabou tendo que mergulhar no mundo novo. A natação acabou sendo algo realmente maravilhoso pra nós”.

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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