Menu
Torcida

Multidão de vascaínos recebe Payet com festa no aeroporto internacional do Rio

A torcida do Vasco, vice-lanterna do Campeonato Brasileiro, já preparou até músicas inéditas especialmente para ele

Redação Jornal de Brasília

16/08/2023 11h21

Foto: Matheus Lima/Vasco

“O Payet chegou! Hoje é feriado!”. Assim como milhares de outros torcedores do Vasco da Gama, Leticia Silva, de 19 anos, chegou na madrugada desta quarta-feira (16) para receber como herói o meio-campista francês no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, ao som de muita batucada.

Depois de deixar o Olympique de Marselha aos prantos no mês passado, Dimitri Payet, de 36 anos, desembarca em clima de carnaval na Cidade Maravilhosa.

A torcida do Vasco, vice-lanterna do Campeonato Brasileiro, já preparou até músicas inéditas especialmente para ele.

O coro “Payet, Payet, Payet… Ei, ei, ei, ei… Oô, oô, oô, oô, ôoo…!”, levanta os fanáticos, com a melodia de “Prefixo de Verão”, um clássico do carnaval de Salvador gravado pela Banda Mel nos anos 1990.

A torcida já estava lá, amontoada contra as grades de segurança, várias horas antes da chegada do jogador.

Com cara de cansaço após a longa viagem, mas todo sorridente, Payet caminhou até eles, subiu em uma plataforma para cumprimentá-los e vestiu a camisa reserva preta com a faixa diagonal branca de seu novo time, já com seu nome nas costas, e o número 10.

Usando um chapéu da Força Jovem, torcida organizada do Vasco, ele estendeu o celular para uma selfie com as multidão vibrando atrás dele.

“Estou realmente feliz por ter chegado aqui, por ter sido recebido com tanta paixão da parte da torcida, e não vejo a hora de começar a jogar futebol”, disse o francês, que falou rapidamente com a imprensa no aeroporto.

Também havia muita fumaça de sinalizadores, bandeiras e até alguns rostos pintados de azul, branco, vermelho, as cores da França.

“Payet, je t’aime” (“Payet, eu te amo”), lia-se em francês no caderno que Ranyelli Souza, estudante de 22 anos, mostrava através da grade.

“Queria passar esse recado para ele porque é um momento muito difícil que o Vasco está passando. Ele é um ídolo na França, no Olympique de Marselha, e ele aceitou vir, aceitou esse desafio, e tenho certeza de que ele vai virar ídolo aqui”, disse ela, confiante.

No time do sul da França, Payet disputou oito temporadas e meia (2013-2015 e depois 2017 a 2023) com 326 partidas, 78 gols e 95 assistências, mas não conquistou nenhum título.

Apoio incondicional

O ex-jogador da seleção francesa (com 38 jogos e 8 gols pelos ‘Bleus’) assinou um pré-contrato com o Vasco até 2025. O contrato definitivo deve ser rubricado em breve no Rio, após um exame médico.

Ele vai vestir a camisa 10 imortalizada por jogadores emblemáticos do Vasco, como o ex-atacante Roberto Dinamite, falecido em janeiro, Edmundo, Juninho Paulista e mais recentemente o ex-PSG Nenê.

Mas o clube está longe de seus dias de glória. De volta à elite após duas longas temporadas na segunda divisão (2021 e 2022), está na zona de rebaixamento após o fim do primeiro turno do Brasileirão.

“Payet vem para ajudar o Vasco, ele vai tirar a gente dessa”, disse Peterson Ramos, um mototaxista de 27 anos que diz não ter dormido a noite inteira para chegar ao aeroporto às 4h.

Na terça-feira, antes de voar para o Brasil, Payet havia garantido ao canal RMC Sport que sua escolha foi “pelo amor ao futebol, não por dinheiro”.

“Em termos de paixão e futebol, não encontrei nada melhor do que o Brasil e o Vasco. Estou muito feliz”, disse o francês.

“É a melhor escolha que ele poderia ter feito. São 5h da manhã, nosso time é o penúltimo do campeonato, mas estamos aqui apoiando”, resumiu Jhonny Barbosa, torcedor de 27 anos.

© Agence France-Presse

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado