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Torcida

Missão é derrubar o time do Pinheiros fora de casa

Arquivo Geral

21/11/2018 15h36

Pedro Rava deve ganhar mais tempo em quadra nos jogos do Brasília/Foto: Felipe Mendez/Brasília Basquete

Matheus Garzon
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Depois de conquistar a primeira vitória da temporada no Novo Basquete Brasil (NBB), na última quarta, ao vencer o Botafogo por 82 x 64, o Brasília Basquete entra em quadra hoje, às 21h, com o objetivo de manter a boa fase e esquecer o péssimo início de campeonato, quando acumulou seis derrotas consecutivas. O adversário da vez é o Pinheiros, quarto colocado na competição. Com um retrospecto de seis vitórias e apenas três derrotas, o time paulista aposta no fato de jogar em casa, no ginásio Henrique Villaboim, em São Paulo, para frear o ímpeto dos jogadores brasilienses.

Para fazer com que o triunfo diante do Glorioso deixe de ser exceção e passe a ser regra, a equipe comandada pelo técnico André Germano sabe que apenas um desempenho defensivo tão bom quanto o mostrado contra o Botafogo será capaz de parar o atual terceiro melhor ataque do NBB, com média de 82 pontos por jogo.

Neste sentido, o experiente armador Nezinho conta que os 12 dias de treino antes da partida contra o alvinegro carioca foram essenciais para que o time se acertasse em qudra. “Tivemos tempo para aperfeiçoar as coisas. Alguns jogadores ganharam na forma física e arrumamos bem nossa defesa”, avalia o ídolo da torcida brasiliense.

Nezinho sabe, no entanto, que ainda há mais coisas a melhorar e a conquista de uma vitória foi apenas o primeiro passo para que os candangos comecem a jogar melhor. “Ainda temos que eliminar alguns buracos da nossa defesa. A gente sabe que nada menos do que foi feito contra o Botafogo vai nos dar um resultado positivo contra o Pinheiros”, afirma o armador.

Esse também é o pensamento de André Germano. O treinador projeta uma tarefa muito difícil em São Paulo. “O Pinheiros é um time fisicamente forte, com dois norte-americanos (o ala/armador Bennett e o armador Dawkins) que estão muito bem. Coloco o time deles com um estilo parecido com o do Botafogo, pois gostam de trabalhar com rebote ofensivo e no contra-ataque”, explica o técnico.

Cestinha

Apesar da força gringa do Pinheiros, o principal norte-americano do jogo e do campeonato, está do lado do Brasília. O ala/armador Zach Graham segue como o cestinha do NBB, com média de 21,7 pontos por jogo. Só para se ter uma ideia da superioridade que o camisa 1 tem apresentado em relação aos outros atletas do torneio, Kyle Fuller, do Corinthians, o segundo no ranking, com 19,44 de média.

Apesar do desempenho espetacular, Germano relata que sempre conversa com Graham, para que o rendimento dele se mantenha. “Contra o Botafogo ele defendeu melhor. Não pontuou tanto no primeiro tempo, mas deu assistências e fez a bola girar”, comentou o técnico.

Desfalques atrapalham os candangos

Para a partida de hoje, o técnico André Germano não poderá contar com o ala/armador Pedro Mendonça e o ala Arthur. Perder dois jogadores tão importantes e que jogam em posições semelhantes, tira o sono do comandante brasiliense satisfeito. Apesar dos desfalques, ele afirma contar com outras opções no elenco. “Já tivemos bastante rotação contra o Botafogo, já que a lesão do Pedro foi muito cedo. O Pedro Rava entrou muito bem e o próprio Andrezão, que geralmente joga por dentro, mostrou que pode ajudar na lateral”, pontua Germano.

Reflexo da satisfação do técnico com Rava foi o tempo dele em quadra. O armador jogou quase meia hora, três vezes mais que a média dele nos outros seis jogos somados. “As coisas vão acontecendo naturalmente quando o trabalho é bem feito”, justifica o camisa 7.

A tendência é que Pedro Rava passe a ter mais chances no time. A lesão de Arthur foi um deslocamento do menisco medial do joelho esquerdo e a previsão é que apenas no meio do mês que vem ele esteja de volta às quadras.

Já a lesão de Pedro Mendonça ainda não tem previsão exata de volta. Ele passou por uma artroscopia no joelho esquerdo para se recuperar de uma lesão no menisco medial. “É uma pena que eu tenha tido todo esses minutos graças às lesões dos outros companheiros, mas foi o primeiro jogo que realmente consegui ter tempo, e eu me senti muito bem”, explica Rava.

A ausência de Arthur, além de influenciar na qualidade do time, também evitará o reencontro de dois alas da época vitoriosa do time brasiliense. Isaac, que jogou pela equipe do DF entre as temporadas 2012/2013 e 2014/2015, veste a camisa do Pinheiros. Com média de 12,3 pontos por jogo nesta edição do NBB, ele é uma das grandes ameaças à defesa do time candango.

Outro remanescente dessa época é o armador Nezinho. Os dois são amigos, mas o atleta do Brasília afirma que, na hora que a bola subir, é cada um para o seu lado. “O Isaac é daqueles que não tem muita grife, mas eu gostaria de ter no time. É muito bom em todos os fundamentos. Joguei com ele no Limeira também, é um grande amigo. Desejo um bom jogo, mas espero que eu vença”, brinca.

Saiba Mais

A partida entre Pinheiros x Brasília será transmitida, ao vivo, pela conta oficial da competição no Twitter. O perfil é o @NBB

Apesar de ter o quinto melhor ataque da competição, com média de 81 pontos por jogo, é a defesa do Brasília que tem feito o time patinar. São mais de 91 pontos tomados, em média, nos sete jogos disputados. É a pior defesa da competição.

O Brasília tem sido comandado pelo trio de estrangeiros. O venezuelano Windi Graterol, o porto riquenho Ricky Sánchez e o americano Zach Graham fizeram 56 dos 82 pontos da equipe brasiliense contra o Botafogo.

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