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Martine Grael e Kahena Kunze velejam até o ouro e são bicampeãs

A vitória em Enoshima é a 19ª medalha brasileira da vela em Olimpíadas, um dos esportes mais vitoriosos do país no evento esportivo

Redação Jornal de Brasília

03/08/2021 1h11

Brazil’s Martine Grael and Kahena Kunze compete in the women’s skiff 49er FX race during the Tokyo 2020 Olympic Games sailing competition at the Enoshima Yacht Harbour in Fujisawa, Kanagawa Prefecture, Japan, on July 30, 2021. (Photo by Olivier MORIN / AFP)

A dupla Martine Grael e Kahena Kunze conquistou o bicampeonato olímpico na classe 49er FX ao chegar na terceira posição na medal race, a regata decisiva, nesta terça-feira. Elas fizeram uma ótima regata e ficaram à frente das suas principais adversárias por um lugar no pódio. A prata ficou com a Alemanha e o bronze com a Holanda.

Na disputa desta terça-feira, as brasileiras escolheram um caminho diferente das principais adversárias e a estratégia deu certo. Elas passaram na terceira posição na primeira e na segunda boia, atrás apenas do barco da Argentina e da Noruega. Passaram a terceira boia na mesma posição e depois foi só ultrapassar a linha de chegada para confirmar a medalha de ouro para o Brasil.

“Ainda não caiu a ficha. Foi uma semana muito difícil, um campeonato de recuperação. Pensamos que seria duro, mas não desistimos”, salientaram as bicampeãs olímpicas, em entrevista à TV Globo.

A campanha da dupla brasileira nos Jogos de Tóquio foi de superação na raia de Enoshima. Na primeira regata, elas ficaram apenas na 15ª posição, a pior colocação que tiveram no Japão. Mas depois foram melhorando e se acostumando com a imprevisibilidade da baía, que oscila com ventos fortes e fracos e ainda sempre existe a possibilidade de chegada de tufão.

Em desvantagem na disputa, Martine e Kahena se recuperaram e no sábado de madrugada, nas duas últimas disputas antes da medal race, ficaram com um segundo lugar e um décimo lugar e empataram na liderança, já que as holandesas tiveram uma 11ª posição e uma 16ª, que acabou sendo o descarte delas.

No dia marcado para a medal race, na segunda-feira, as condições meteorológicas obrigaram os organizadores a cancelar as regatas do dia. Por causa da falta de ventos, a decisão da classe 49er FX foi adiada em um dia. “É normal isso acontecer. Nos Jogos do Rio isso ocorreu também. A gente dependo do vento para velejar”, explicou Torben Grael, chefe da equipe de vela do Brasil.

Esta foi a 19º medalha da vela brasileira na história dos Jogos Olímpicos e a única conquistada pela modalidade até o momento em Tóquio. O esporte é o segundo que mais rendeu medalhas ao País em olimpíadas, atrás somente do judô, com 24.

Também é o nono pódio da família Grael, que tem em Torben, pai de Martine, o principal expoente. Ele disputou seis edições da Olimpíada e ganhou duas de ouro (Atlanta-1996 e Atenas-2004), uma de prata (Los Angeles-1984) e duas de bronze (Seul-1988 e Sydney-2000).

Já Lars Grael, tio da atleta, competiu em quatro Olimpíadas e tem duas medalhas de bronze no currículo (Seul-1988 e Atlanta-1996).

Outro integrante da família é Marco Grael, irmão de Martine e que está competindo em Tóquio na classe 49er, mas acabou na 16ª posição geral e não se classificou para a medal race.

Foi a 12ª medalha do Brasil em Tóquio e a terceira de ouro. Antes, o surfista Italo Ferreira e a ginasta Rebeca Andrade já haviam subido ao lugar mais alto do pódio no Japão.

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