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Manchester City aciona o CAS para reverter suspensão de 2 anos imposta pela Uefa

A punição ao Manchester City foi confirmada neste mês de fevereiro em função de graves violações do clube ao fair-play financeiro

Redação Jornal de Brasília

26/02/2020 14h35

A Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), tribunal que regulamenta questões esportivas depois que todas as instâncias possíveis foram utilizadas, anunciou nesta quarta-feira que o Manchester City entrou com um recurso para reverter a suspensão de dois anos de todas as competições europeias imposta há duas semanas pela Uefa por violação das regras do Fair Play Financeiro.

“Não se pode adiantar, neste momento, quando é que será tomada uma decisão final sobre este processo”, comunicou o CAS em relação ao caso.

O próximo passo será a convocação de um painel de juízes formado pelo CAS. Os documentos apresentados pelas partes envolvidas serão analisados e, posteriormente, haverá uma audiência na qual o painel vai determinar se mantém ou anula a punição imposta pela Câmara de Decisões Organismo de Controle Financeiro da Uefa (CFCB).

A punição ao Manchester City foi confirmada neste mês de fevereiro em função de graves violações do clube ao fair-play financeiro. A Uefa considerou que o time inflacionou a receita de patrocínio nas suas contas e nas informações de equilíbrio financeiro enviadas entre 2012 e 2016.

A situação ficou ainda pior pelo fato de o Manchester City não ter cooperado com as investigações. Junto com a exclusão das competições europeias, o clube acabou multado em 30 milhões de euros (cerca de 143,5 milhões de reais).

As irregularidades foram reveladas pela revista alemã Der Spiegel, em novembro de 2018. E-mails vazados indicaram irregularidades em relação aos valores recebidos pelo clube por meio de Sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan, proprietário do Manchester City e integrante da família que governa Abu Dabi.

De acordo com a investigação, somente 12% dos 67,5 milhões de libras para patrocínio de camisa, estádio e as divisões de base foram de fato pagos pela Etihad Airways. O restante, embora descrito como verba de patrocínio no balanço do clube, foi aporte direto do dono clube – prática proibida pela Uefa.

A punição vale a partir da temporada 2020/2021 – ou seja, o Manchester City ainda poderá continuar na disputa da atual edição da Liga dos Campeões. O time inglês enfrenta o Real Madrid nesta quarta-feira pelo jogo de ida das oitavas de final da competição.

 

Estadão Conteúdo

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