O acionista da SAF do Botafogo, John Textor, foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) até que apresente as provas de corrupção na arbitragem brasileira.
A medida foi tomada após o órgão solicitar as provas e Textor recusar o envio, alegando que o STJD não tem competência para analisar as provas e entregaria apenas para o Ministério Público.
Com a suspensão, ele não poderá estar presente em competições e praticar atos oficiais. Caso Textor não cumpra a punição, o STJD pode ainda preparar denúncia, o que pode gerar punições piores contra o empresário.
O auditor que proferiu a decisão foi Mauro Marcelo de Lima e Silva. Mauro foi quem negou o recurso do clube alvinegro quando foi solicitado por Textor que houvesse uma investigação sobre arbitragem.
“Diante da gravidade da conduta do Sr. John Charles Textor, proprietário e Presidente do SAF Botafogo, que desconsiderou os preceitos estabelecidos pelo CBJD e desrespeitou a Autoridade da Justiça Desportiva além de ser ofensivo a integrantes dessa Corte, determino a sua suspensão automática”, diz a decisão.
Relembre o caso
Na semana passada, Textor gerou polêmica o empresário após afirmar ter gravações de árbitros reclamando de não terem recebido propina. “Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo [Rodrigues, presidente da CBF]. Nunca disse nada sobre ele”, declarou Textor.
Caso seja denunciado, John Textor pode receber suspensão de 90 a 360 dias e ter que pagar multa de R$ 100 mil.