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Torcida

Gabriel Medina vence e se torna bicampeão mundial de surfe

Arquivo Geral

17/12/2018 21h10

Divulgação/WSL

“Espaço reservado para o troféu do bicampeonato mundial”. Na sala de conquistas do surfista Gabriel Medina, no Instituto que criou com seu nome em Maresias, no litoral paulista, a mensagem servia de motivação antes do embarque para o Havaí. E como uma profecia, o atleta brasileiro cumpriu à risca o que dizia o bilhete e garantiu o seu mais novo troféu no surfe.

O brasileiro conquistou o bicampeonato mundial de surfe, ontem, durante a disputa da etapa de Pipeline, no Havaí. Ele confirmou o favoritismo ao passar as suas baterias sempre com bom desempenho enquanto que seus adversários, o compatriota Filipe Toledo e o australiano Julian Wilson, não tiveram como pará-lo na última edição.

Medina precisava chegar à final em Pipeline para ser campeão. Nem precisa disputá-la. E como um mantra, repetia isso a cada entrevista após baterias vitoriosas. Passou na primeira fase diretamente para a terceira, deixando o australiano Connor O’Leary e o havaiano Benji Brand na repescagem.

Na terceira fase, eliminatória, o brasileiro ganhou de um outro surfista local, Seth Moniz, e manteve o foco para cumprir a sua meta. Foi nessa prova que Filipe Toledo acabou sendo eliminado, perdendo para o lendário Kelly Slater e dando adeus à disputa do título. O caminho estava mais livre para Gabriel Medina.

Na quarta fase, Medina fez 16,90 pontos para avançar às quartas em bateria que tinha ainda o havaiano Sebastian Zietz e Michel Bourez, do Taiti. Depois, despachou o norte-americano Conner Coffin nas quartas com impressionantes 19,43 pontos em 20 possíveis – o rival fez 14,26.

Na semifinal, o brasileiro teve um duelo equilibrado com o sul-africano Jordy Smith, que começou na frente, mas tomou a virada depois que Gabriel Medina pegou um lindo tubo para Backdoor, alcançando uma nota de 9,10 pontos. No final, ele somou 16,27 contra 15,83 de Smith e saiu do mar nos braços dos amigos em Pipeline.

História

É o segundo título do Circuito Mundial de Surfe do garoto de Maresias. Em 2014, ele se tornou o primeiro brasileiro a ser campeão mundial na modalidade. Agora, é o primeiro bicampeão e deixa o Brasil com três troféus – Adriano de Souza, o Mineirinho, ganhou o Mundial em 2015. O feito de Medina coroa o ótimo momento do surfe nacional.

Medina chegou ao Havaí na liderança do campeonato e sabia que dependia apenas de si para conquistar o título. Com grandes tubos, manobra mais bem pontuada no Pipe Masters, levantou a torcida brasileira e sua família na areia em Pipeline. Quando o título foi sacramentado, os fãs fizeram a festa na praia, um verdadeiro carnaval verde e amarelo.

“Foi um ano intenso. Eu não consigo encontrar palavras, só tenho que agradecer aos meus fãs e à minha família. Esse título vai para o povo brasileiro”, comemorou Gabriel Medina.

Saiba Mais

A façanha de Medina confirma o talento do jovem de 24 anos, que desde cedo mostrou enorme talento e sempre foi precoce nas conquistas. O surfista de Maresias começou a pegar ondas desde cedo e ainda na adolescência festejou os primeiros resultados. Aos 11, ganhou o seu primeiro campeonato a nível nacional, a etapa Rip Curl Grom Search na categoria Sub-12, em Búzios.

Com 15 anos foi o atleta mais novo a vencer uma etapa do Mundial de Surf (ASP). A partir daí, colecionou feitos sempre mostrando um estilo arrojado e moderno.

Um dos trunfos de Medina é que desde cedo teve o apoio da família. Quando ainda era criança, falou para o padrasto Charles Saldanha que queria ser campeão mundial. Foi daí que surgiu a parceria que dura até hoje, com Charles atuando como técnico e principal mentor.

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