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França vai mobilizar 14.000 agentes de segurança no domingo para final da Copa do Mundo

Na vitória contra Marrocos, na semifinal, foram 10 mil seguranças em todo o país, sendo 2 mil na capital, e mesmo assim houve tumulto

Redação Jornal de Brasília

16/12/2022 7h37

Foto: AFP

As autoridades vão mobilizar 14.000 policiais e guardas em toda a França no domingo para a final da Copa do Mundo do Catar, em que a seleção francesa enfrentará a Argentina, anunciaram nesta sexta-feira em Paris. 

O dispositivo também prevê a mobilização de 12.800 agentes na véspera para garantir a segurança das festividades após a disputa do terceiro e quarto lugares, entre Croácia e Marrocos. 

Durante a apresentação do plano na prefeitura de Paris, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, lembrou que, há quatro anos, 600 mil pessoas comemoraram a vitória da França na Champs-Élysées. 

As forças da ordem terão assim 2.750 policiais disponíveis no domingo na emblemática avenida parisiense, coroada pelo Arco do Triunfo, onde os parisienses costumam celebrar os feitos da sua seleção. 

No domingo, será permitido apenas o acesso de pedestres à avenida Champs-Élysées, embora o tráfego rodoviário seja autorizado a circular no dia anterior.

O dispositivo é superior ao organizado para a semifinal em que a França venceu o Marrocos (2 a 0). Naquela ocasião, foram mobilizados 10.000 agentes em todo o país, dos quais 2.000 na capital. 

No entanto, apesar da presença da polícia, houve tumultos e confrontos. As autoridades detiveram 266 pessoas, incluindo 40 próximas à extrema direita em Paris. 

“Eles vieram em busca de briga”, explicou Darmanin, que antecipou uma reunião nesta sexta-feira para analisar as atividades dos grupos de extrema direita no fim de semana e detê-los se necessário. 

“São algumas dezenas de pessoas, mas essas pessoas são perigosas e o Ministério do Interior vai persegui-las”, acrescentou o ministro, que disse que desde 2020 proibiram “11 associações de direita e extrema-direita”.

A oposição de esquerda manifestou sua preocupação nos últimos dias com as ações de grupos e militantes de extrema-direita na França. 

O principal suspeito do assassinato do ex-jogador de rúgbi argentino Federico Martín Aramburu em 19 de março, Loïk Le Priol, é um ex-militar e membro do grupo de extrema-direita Groupe Union Défense (GUD).

© Agence France-Presse

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