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França enfrenta a Tunísia já pensando nas oitavas de final

Com a classificação assegurada e a possibilidade de enfrentar a Argentina de Messi nas oitavas, Didier Deschamps poupará vários titulares

Redação Jornal de Brasília

29/11/2022 13h01

France’s coach Didier Deschamps attends a press conference at the Qatar National Convention Center (QNCC) in Doha on November 29, 2022, on the eve of the Qatar 2022 World Cup football match between Tunisia and France. (Photo by FRANCK FIFE / AFP)

A França, atual campeã do mundo, encerrará sua participação na primeira fase da Copa do Mundo do Catar-2022 contra a Tunísia na terça-feira (30), em um jogo quase protocolar para os ‘Bleus’, já classificados para as oitavas de final, mas com a seleção do norte da África ainda com chances, mínimas, de avançar para a segunda a fase do torneio.

Duas partidas e duas vitórias, com atuações convincentes (4-1 contra a Austrália e 2-1 sobre a Dinamarca), classificaram a seleção do técnico Didier Deschamps para as oitavas de final, que precisa apenas de um empate contra os tunisianos para assegurar o primeiro lugar do Grupo D, o que significa enfrentar o segundo colocado da chave C, que pode ser a Argentina.

Deschamps, no entanto, insistiu que sua equipe vai jogar com seriedade: “É uma partida de Copa do Mundo. Não é decisiva, mas é importante para mim e para os jogadores. Haverá mudanças? Sim. Quantas? Vocês não saberão e, principalmente, o adversário não saberá”.

Tudo está tão calmo para os franceses que o nome mais citado na entrevista coletiva da véspera do jogo foi o de Karim Benzema, depois que jornais da Espanha especularam sobre a possibilidade de o atacante, que deixou a concentração na véspera da abertura do Mundial por uma lesão, retornar ao Catar para disputar o torneio, algo que foi descartado depois que o jogador do Real Madrid chegou nesta terça-feira à Ilha Reunião para um período de férias.

“Vocês falam umas coisas…”, declarou o técnico aos jornalistas. “Não são coisas que me preocupam (…). Trabalho com os 24 jogadores que estão aqui. Não vou comentar coisas que não afetam nosso dia a dia”.

Com a classificação assegurada e a possibilidade de enfrentar a Argentina de Messi nas oitavas (como aconteceu há quatro anos no Mundial da Rússia, com vitória francesa de 4-3), Didier Deschamps poupará vários titulares, começando pelo goleiro: o veterano Steve Mandanda (37 anos) deve substituir o capitão Hugo Lloris como prêmio por todos os anos de trabalho à sombra do número 1 da seleção.

Benjamin Pavard pode retornar à lateral direita, pois Jules Koundé recebeu o cartão amarelo contra a Dinamarca e corre o risco de suspensão de um jogo em caso de nova advertência. Na lateral esquerda, a surpresa pode ser a improvisação de Eduardo Camavinga para poupar Théo Hernández, único jogador da posição após a grave lesão sofrida por seu irmão Lucas. 

Na zaga, Raphaël Varane, recuperado de lesão, deve permanecer na equipe após seu retorno contra a Dinamarca e provavelmente formará dupla com Ibrahima Konaté, o que daria um descanso para Dayot Upamecano.

No meio de campo, Aurélien Tchouameni e Adrien Rabiot devem ser substituídos por Youssouf Fofana e Mattéo Guendouzi. O único titular do setor que deve iniciar a partida é Antoine Griezmann.

Descanso para Mbappé?

A dúvida no ataque é se o técnico vai escalar Kylian Mbappé ou poupará o astro do Paris SG, um dos artilheiros da Copa com três gols e que teria contra a Tunísia uma grande oportunidade de ampliar sua marca, mas com o risco de sofrer uma lesão. 

Marcus Thuram e Kingsley Coman devem formar o trio de ataque nas vagas dos titulares Olivier Giroud e Ousmane Dembele.

Para a Tunísia, uma improvável classificação para as oitavas só pode acontecer com uma vitória sobre a França e que a Austrália não vença a Dinamarca no outro jogo do grupo. E neste caso o segundo lugar será definido pelo saldo de gols (no momento -2 para os ‘socceroos’ e -1 para norte-africanos e nórdicos) e os demais critérios de desempate, que podem chegar ao número de cartões recebidos pela seleção.

A Tunísia sonha com um milagre e muitos torcedores do país viajaram ao Catar, mas esbarra em um grande problema: a falta de gol. A seleção africana é uma das únicas, ao lado de Uruguai e México, que não balançou as redes nas duas primeiras rodadas do Mundial.

© Agence France-Presse

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