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Escândalo no atletismo da Somália após vídeo de prova dos 100m viralizar

Nasra “não é atleta, nem corredora”, e não existe nenhuma “federação somali de esporte universitário registrada”, escreveu o ministro

Redação Jornal de Brasília

03/08/2023 13h07

Foto: Reprodução/redes sociais

O ministro dos Esportes da Somália, Mohamed Barre Mohamud, acusou a Federação Nacional de Atletismo de ter ridicularizado o país ao ter escalado uma representante não registrada para a prova dos 100 metros rasos disputada na última terça-feira (1), durante os Jogos Universitários de Verão, em Chengdu (China).

Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, a jovem, que usa um véu e corre de calças, identificada pelo Ministério como Nasra Abukar Ali, cruzou a linha de chegada 10 segundos depois da vencedora, a brasileira Gabriela Silva Mourão, o que gerou piadas e causou indignação entre os somalis.

Nasra “não é atleta, nem corredora”, e não existe nenhuma “federação somali de esporte universitário registrada”, escreveu o ministro Mohamud em uma carta enviada na quarta-feira ao Comitê Olímpico da Somália.

“Khadijo Aden Dahir, presidente da Federação Somali de Atletismo, cometeu ato de abuso de poder, nepotismo e difamação do nome da nação no cenário internacional”, acrescenta o político, que pede a suspensão da dirigente.

“O Ministério dos Esportes declara de forma contundente sua intenção de abrir processos judiciais”, continua a carta.

Nas redes sociais, especula-se que a corredora é da família de Khadijo Aden Dahir, o que corrobora com a acusação de “nepotismo” lançada pelo ministro.

A Somália era a última dos 180 países no índice de corrupção da ONG Transparência Internacional em 2022.

© Agence France-Presse

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