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Torcida

De Frente pro Crime: Tropeçar no lanterna pode complicar o ano

Arquivo Geral

19/11/2018 15h41

Foto: César Greco/Ag. Palmeiras

Jorge Eduardo Antunes
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A campanha de Felipão no comando do Palmeiras é muito boa, especialmente quando se trata de Brasileirão. Afinal, são 20 rodadas sem derrota e cinco pontos de vantagem para o Flamengo, atual vice-líder. Se mantiver esta regularidade, o Verdão comemora o título já neste meio de semana – e o Vasco, lá na rabeira da tabela, adoraria isso.

Mas um time com uma campanha tão boa não pode empacar no lanterna e primeiro rebaixado da competição. Não que eu ache que o Palmeiras vá deixar escapar este Brasileirão – ainda mais tendo pela frente América-MG, Vasco e Vitória, com dois jogos em casa, o que, convenhamos, é sinônimo de título quase certo. O que não se pode é dar um mole destes para times que adoram um incentivo extra, um cheirinho de campeonato – caso do Flamengo.

A parada para o time carioca é indigesta. Terá pela frente Grêmio, Cruzeiro e Atlético-PR, caminho bem mais complexo que o do Palmeiras. Mas tem aquela história da “mística” do Flamengo – algumas vezes impulsionada pela alma extra da arquibancada, outras pelo sopro amigo que vem do campo. O perigo e grande.

Faltam nove pontos para jogar e se o Palmeiras vencer seus jogos em casa já é campeão. Mas não pode bobear, como ontem. Tem de matar o América-MG – e se fizer isso reduz a chance de perder o campeonato a zero. Olho vivo, Felipão!

Galera da decepção

Enquanto Palmeiras, Flamengo e Internacional, este mais atrás, disputam a tapas o título brasileiro, acabou o ano para um monte de clubes. No sábado, o Corinthians, com uma mãozona da arbitragem, encaminhou a presença na Série A de 2019. Muito difícil, agora, o Timão cair outra vez. Ontem foi a vez de o Santos fazer o mesmo. Não porque arrumou uma vitória bem mandrake, com ajuda do soprador de apito. Graças à instabilidade que permeou a campanha do time de Cuca, o time deu adeus à classificação para a Libertadores. Não tira mais os sete pontos para o Galo.

A sorte azarada do Vasco

Lá embaixo, na zona fatal da tabela, o time do Vasco tem que reclamar muito da arbitragem de sábado, contra o Corinthians. Foi tungado pela arbitragem, que não marcou dois pênaltis claros na Arena do rival. Também tem de lamentar (e muito) as desatenções dos finais de jogos – gols improváveis aos 49 minutos contra Grêmio e Atlético-PR custaram três pontos que deixariam o time carioca quase garantido na elite de 2019. E cair, para o Vasco, é um luxo que o clube não pode se dar. Pendurado até o pescoço, ficaria sem receitas da TV e isso seria fatal.

Se o Vasco lamenta o azar quando seu time está dentro do campo, deve erguer as mãos aos céus fora dele, pois há duas rodadas está paradinho na 14ª posição, fruto das derrotas e empates da turma que está atrás. Com o Paraná já rebaixado, o Vasco tem de ficar na frente de outros três times. E alguns vêm fazendo uma força danada para ficar no lugar dele, especialmente Vitória, Chapecoense e Sport.

Se estou apostando que estes serão os rebaixados? Não, não estou. Hoje tem Fluminense x Ceará e, dependendo do resultado, até o Tricolor carioca, semifinalista da Copa Sul-Americana, pode pintar neste rebolo – apelido que os jornalistas e locutores antigos davam para a atual zona do rebaixamento, talvez inspirado no ex-jogador e pintor que melhor retratou o esporte nas telas.

Não arrisco porque dizer quais serão os outros três times que vão cair este ano é mais difícil do que apostar quem será o campeão brasileiro.

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