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Cruzeiro questiona o VAR após empate com o Operário-PR e irá à CBF protestar

No entendimento do Cruzeiro, o clube foi prejudicado pela marcação de um pênalti para o Operário-PR e pela anulação do gol de Marcelo Moreno

Redação Jornal de Brasília

17/09/2021 10h28

A diretoria do Cruzeiro informou, em nota oficial emitida na madrugada desta sexta-feira, que fará uma reunião com Leonardo Gaciba, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, para protestar contra as decisões do árbitro catarinense Rodrigo Dalonso Ferreira e do árbitro de vídeo Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro, do Rio Grande do Norte, no empate por 1 a 1 com o Operário-PR, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG), pela 24.ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

No entendimento do Cruzeiro, o clube foi prejudicado pela marcação de um pênalti para o Operário-PR no primeiro tempo, após alerta feito pelo VAR ao árbitro de campo, e pela anulação do gol do centroavante boliviano Marcelo Moreno já nos acréscimos, mesmo com “imagens inconclusivas” relativas a um suposto toque de mão do meia Marco Antônio.

“No lance do pênalti de Eduardo Brock, o juiz de campo deixa o jogo seguir e a bola inclusive chega a sair pela lateral. O árbitro PERMITE o reinício do jogo na cobrança de lateral e só depois vai, irregularmente, conferir o VAR. De acordo com as normas do VAR, a partir do momento em que o árbitro permite o reinício da partida em uma nova jogada, o VAR não pode interferir em qualquer lance anterior. E foi justamente o que aconteceu”, disse o Cruzeiro em sua nota oficial.

“No lance do gol de Marcelo Moreno, todas as imagens do VAR são inconclusivas no domínio de Marco Antônio. Assim, a responsabilidade é 100% do árbitro. Como o VAR não possuía a imagem conclusiva, o árbitro sequer deveria ser chamado e deveria ter seguido sua decisão inicial”, prosseguiu o clube.

“Assim como já fizemos em outras oportunidades, iremos à CBF manifestar formalmente nosso repúdio em relação ao que aconteceu no jogo. Fomos prejudicados em dois lances capitais, com a interferência do VAR em situações mal conduzidas pela equipe de arbitragem. (…) Reiterando: nossa diretoria comparecerá à CBF para se reunir com o presidente da Comissão de Arbitragem, onde externaremos nosso repúdio pelas interferências infelizes que foram fundamentais no resultado final da partida”, finalizou.

Já a súmula da partida tem o relato de uma série de incidentes e também xingamentos por parte de membros da comissão técnica do Cruzeiro. Uma delas do treinador Vanderlei Luxemburgo, um dos expulsos, além do seu auxiliar Maurício Copertino e do preparador de goleiros André Croda.

Segundo o árbitro, Luxemburgo foi expulso em meio à confusão no fim do jogo. A súmula informa xingamentos do treinador, que teria se aproximado do árbitro com o dedo em riste. “Você já veio mal intencionado, desde o começo! Quem deveria ser expulso é você! Você é safado! Vocês não têm que checar nada. A imagem é inconclusiva. Já falou na TV”, relatou Rodrigo Dalonso, que completou afirmando que Luxemburgo se negou a deixar o gramado após a expulsão.

“O mesmo ainda se negou a sair de campo, dizendo que só sairia com a polícia. Sendo assim, foi solicitado a intervenção policial, que se aproximou, solicitando que o referido treinador saísse de campo. Após o termino da partida, o mesmo, retornou ao campo de jogo, aguardando nossa saída, reclamando e apontando em nossa direção, proferiu as seguintes palavras: ‘É isso que vocês queriam!'”, completou.

Com o resultado, o Cruzeiro mantém a invencibilidade, que já dura 11 jogos, mas não consegue emplacar uma sequência de vitórias na Série B. O time mineiro chegou aos 30 pontos e ganha uma posição na tabela de classificação – é o 12.° colocado.

Pela 25.ª rodada, o Cruzeiro deixa seus domínios para visitar o Vasco, no Rio de Janeiro. A partida entre campeões brasileiros está marcada para as 16 horas deste domingo, no estádio de São Januário.

Estadão Conteúdo

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