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Controvérsias sobre o uso do VAR: mudanças nas regras podem ser necessárias

Redação Jornal de Brasília

22/11/2019 15h27

VAR

As leis que regem o futebol podem precisar mudar para ajudar a reduzir a controvérsia quanto ao uso do VAR, sugeriu um executivo da Premier League. A liga introduziu o VAR (do inglês Video Assistant Referee) – o árbitro assistente de vídeo – nesta temporada, mas várias decisões importantes foram criticadas por inconsistências e pelo tempo necessário para a implantação da tecnologia.

A liga começou a fazer uso do sistema para decidir sobre gols, pênaltis, cartões vermelhos e decisões de impedimento. No entanto, existem diversos fatores que terminam contribuindo para um processo demorado e particularmente irritante para os torcedores no estádio. Frente a essa problemática, a Premier League prometeu melhorar a consistência e velocidade do VAR e aumentar a comunicação com os fãs.

O que é o VAR

De forma simplificada, o árbitro assistente de vídeo é um árbitro oficial da federação de futebol que analisa as decisões tomadas pelo árbitro principal com o uso de imagens de vídeo e um fone de ouvido para comunicação. O primeiro uso da tecnologia aconteceu após a FIFA aprovar o seu uso para a Copa do Mundo FIFA 2018 durante a reunião do Conselho da FIFA em 16 de março de 2018 em Bogotá.

Apesar de ter se tornado a primeira competição a usar o VAR na íntegra, o torneio – que levantou diversas apostas esportivas na época – foi envolvido com críticas acerca do uso da tecnologia. Isso porque o uso do VAR em momentos controversos das partidas pode criar tanta confusão quanto clareza em relação ao que se está arbitrando, o que gera descontentamento por parte dos fãs.

Nos jogos com o sistema VAR, um técnico responsável utiliza imagens de câmeras especiais e um microfone para auxiliar na decisão dos árbitros. (FONTE: BBC)

Ademais, críticas já foram levantadas sobre problemas que impedem o uso correto do dispositivo VAR. Por exemplo, em uma partida portuguesa em que a bandeira de um torcedor ocultou a câmera VAR, ou mesmo na grande final da Liga A de 2018 entre Newcastle Jets e Vitória de Melbourne, onde o programa VAR sofreu um mau funcionamento técnico que impediu o árbitro assistente de assistir à repetição da partida.

Existe um desejo de descartar o uso do VAR?

Embora os clubes da Premier League aceitem que não haja mudanças substanciais nesta temporada, eles estão comprometidos em melhorar a comunicação, tanto para os torcedores no estádio quanto para os que assistem na TV. Isso pode significar a implementação de funcionários com o papel de “explicadores”, como acontece no Major League Soccer, onde o Twitter foi usado para explicar o que estava sendo revisado, o motivo e o resultado em tempo real.

O fato é que os primeiros meses de uso de árbitros assistentes de vídeo na Premier League viram muita controvérsia, frustração e raiva, com vários incidentes importantes. Frente à problemática, a liga agora liderará uma consulta sobre o funcionamento do sistema VAR, mas nenhuma mudança importante será feita ainda nesta temporada.

VAR também não é unanimidade no Brasil

Pouco mais de um ano depois de sua implantação no Brasil, o VAR ainda não caiu nas graças do público e vem sendo contestado por jogadores, técnicos, imprensa e torcida.

Se, por um lado, existe unanimidade na aprovação do uso das imagens para evitar lances injustos, por outro, a forma como ele em sendo usado tem causado discórdias e vem se aproximando de um desastre. Além de decisões polêmicas dos juízes envolvidos em alguns jogos, as longas conversas entre o juiz de campo e a equipe que fica na sala do VAR têm passado do limite e tomado muito tempo durante s partidas.

Segundo o jornalista Arnaldo Ribeiro “o VAR veio para arruinar o esporte mais precioso de todos os tempos”. Ribeiro, que já passou por Folha de S.Paulo, Estadão, Revista Placar e ESPN e, hoje, participa de programas no UOL e no SporTV, questiona as estatísticas que apontam diminuição de erros na arbitragem do futebol: “O VAR acertou os lances na opinião de quem?”, indaga. “A opinião do Gaciba não me representa”, se referindo ao ex-árbitro Leonardo Gaciba, e chefe de arbitragem da CBF.

Segundo um balanço divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), após as primeiras cinco rodadas do Campeonato Brasileiro, cada consulta ao VAR demora, em média, 1 minuto e 50 segundos, tempo 46% acima do recomendado pela Fifa quando aprovou o uso da tecnologia.

Por agência de marketing emarket

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