Menu
Torcida

Conheça Stefany Krebs, que disputará três modalidades nas Surdolimpíadas

Stefany tem a chance de realizar o seu sonho de conquistar a medalha de ouro próxima de sua cidade natal, já que o torneio será realizado em Caxias do Sul

Redação Jornal de Brasília

02/05/2022 22h43

Stefany é esperança de medalhas para o Brasil (Foto: Reprodução)

Por Gabriel Fontoura e Torgan Magalhães
Agência de Notícias do CEUB/Jornal de Brasília

Os atletas enfrentam desafios comuns durante a sua caminhada no esporte, abdicam de vários momentos com a família, treinos intensos e rotinas desgastantes. Esses problemas são cada vez maiores para a atleta gaúcha Stefany Krebs, de 23 anos, que tem deficiência auditiva e disputará três modalidades na competição – futebol, futsal e musculação.

Stefany tem a chance de realizar o seu sonho de conquistar a medalha de ouro próxima de sua cidade natal, já que o torneio será realizado em Caxias do Sul, a 294.8 Km de Erechim.

Ela afirma que sempre recebeu apoio dos seus pais ao longo da sua carreira. “A minha família sempre está ao meu lado, me apoiou e incentivou bastante. A empresa em que meu pai trabalha me patrocinou para hospedagem e alimentação quando viajei para outro país na competição”, conta.

Stefany tem como objetivo na sua participação trazer maior viabilidade para a comunidade surda e pessoas com deficiência, com o intuito de conseguir mais apoio e reconhecimento, além de conquistar a medalha de ouro para o Brasil na competição. 

Para ela, os principais desafios de um atleta com deficiência auditiva são a falta de apoio e visibilidade, pois a sociedade impede que eles tenham sucesso pelo preconceito vindo por parte do público.

A atleta compartilha que enfrenta muitas dificuldades em sua ocupação. “Jogar por amor, é o nosso desafio de não ter apoio e visibilidade. Também nós, ‘atletas surdos’, lutamos pelos nossos sonhos, queremos se realizar dos nossos, mas tem muita coisa ainda que a sociedade impede, principalmente a comunicação e a incapacidade por causa da surdez”, diz.

A atleta compete em três modalidades diferentes (Foto: Reprodução)

Outro desafio enfrentado por Stefany, foi a pandemia da Covid-19, principalmente o mental e o físico. No entanto, neste período de isolamento, ela mantinha os treinamentos com a ajuda da sua mãe que levava a bola para ela, o time também a ajudava virtualmente. Com isso, sua preparação ficava cada vez mais intensa devido todas as motivações que recebia.

“Afetou sim, mas com o tempo treinei e trabalhei a parte física e mental. Ajudou aos poucos, pois quando a minha mente não está bem, a minha saúde física também não vai ficar.  A pandemia afetou muita coisa, foi assustador, mas graças a Deus deu tudo certo”, explica.

Mesmo com apoio de amigos e família, ela afirma que a necessidade da bolsa atleta é urgente, pois todo o investimento de treino e de carreira veio da empresa que seu pai trabalha, ajudando na hospedagem e alimentação quando viajava para outro país competir. Stefany também recebeu patrocínio da empresa de transporte “Planalto”, quando ia para os treinos da Seleção Brasileira. Amigos ajudaram também na divulgação de rifas.  

Apesar de toda a trajetória, Stefany chega confiante para a competição e é esperança para o Brasil em todas as modalidades que a atleta confere. Para acompanhar Krebs e as demais disputadas da Surdolimpíadas, o torneio será transmitido no canal Markket (TV Fechada) e nas plataformas de streaming Deaflympics TV by Xplay, Box Brazil Play e Grêmio Play.

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado