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Torcida

Conheça o brasiliense que já escreveu seis livros sobre o Cruzeiro

Em 2022, o Cruzeiro volta a jogar na capital após cinco anos sem pisar em solo brasiliense, e Anderson já garante presença no Mané Garrincha

Redação Jornal de Brasília

12/08/2022 21h04

Foto: Arquivo pessoal

Bernardo Guerra
(Jornal de Brasília / Agência de Notícias CEUB)

O jornalista, advogado e escritor Anderson Olivieri, de 38 anos, herdou sua paixão pelo Cruzeiro de sua família, proveniente de Minas Gerais. O pai dele foi o principal influenciador por essa torcida. Nascido em Brasília, Anderson começou a acompanhar fielmente as partidas da Raposa no final dos anos 1980 e ao longo dos anos 1990. As notinhas publicadas nos jornais de pós e pré-jogo foram sua principal forma de acompanhar o time, já que poucas partidas eram transmitidas na época. Ele já escreveu seis livros sobre o time do coração. Em 2022, o Cruzeiro volta a jogar na capital após cinco anos sem pisar em solo brasiliense, e Anderson já garante presença no Mané Garrincha, animado com o momento do time.

Paixão Celeste

Único cruzeirense entre seus amigos, sempre que podia deixava claro sua paixão pelo time mineiro, que crescia e se consolidava cada vez mais com o passar do tempo. “Eu sempre fui muito cruzeirense e de uma forma muito intensa, sempre torci, sempre que possível ia a Belo Horizonte com meu pai para assistir aos jogos. Então, assistir a final de Libertadores e final de Copa do Brasil, por exemplo, ajudou a consolidar essa paixão”, relembra.

Em seis de setembro de 1996 veio sua primeira oportunidade de ver o Cruzeiro jogar ao vivo, no Mané Garrincha. A equipe do Vasco da Gama enfrentava o Cabuloso na capital, com os mineiros fazendo grande temporada e defendendo sua liderança na época. O escritor se recorda daquele dia com muita felicidade. “Foi um final de semana muito especial, uma das crônicas do meu livro, O trem azul que passou na minha vida é sobre esse final de semana. Eu chamo de final de semana perfeito, porque no sábado eu fui recepcionar os jogadores no aeroporto e no domingo eu fui ao jogo. Foi incrível, a torcida do Vasco marcou presença, para cada três vascaínos, tinha um cruzeirense, mas o Cruzeiro estava realmente voando naquela época e se saiu melhor”.

Desde então, Olivieri sempre marca presença nas partidas do clube, seja acompanhando as transmissões à distância, ou marcando presença nos estádios, onde ele já chegou a ser reconhecido algumas vezes por seus livros. “De vez em quando eu estou passando pela torcida e gritam para mim, ‘Oh Olivieri!’. Eu estimo que já vendi uns cinco mil livros do Cruzeiro, juntando todos. De certa forma, tem um pessoal que gosta da leitura, de conhecer a história do clube, se aprofunda nisso e acaba comprando os meus livros. Então essa pessoa acaba me conhecendo e quando me vê no estádio reconhece”, conta.

Escrevendo histórias

Desde pequeno, ainda criança, Anderson era fascinado por livros. Sua transição de leitor para escritor se deu ainda em sua juventude, aos 22 anos. “Comecei a escrever alguns textos e crônicas. Foi o Cruzeiro que me fez perceber que esse gosto pela escrita poderia avançar para os livros. Unir essas duas paixões foi uma coisa natural para mim”, disse.

Aos 26 anos, já formado em jornalismo, Anderson começou a escrever sobre o Cruzeiro. A década dos anos 90 do clube foi o enfoque da obra, chamada Anos 90: um campeão chamado Cruzeiro, época em que era criança e adolescente ainda, mas acompanhava “intensamente” o time. Esse primeiro livro não teve apoios externos, o torcedor tirou dinheiro do próprio bolso para conseguir escrever, produzir e lançá-lo.

A obra 2003: o ano do Cruzeiro – diário da Tríplice Coroa (2015) foi sua terceira, e considerada pelo escritor como uma de suas mais especiais. Por contar detalhadamente os 365 dias daquele ano especial, a apuração e levantamento de informações necessárias para realizar a obra foi grande.

Em compensação, Cartas do tetra (2015) foi mais simples, contando sobre como se deu o tetracampeonato do Cruzeiro. Na sequência, A tríplice história de um time mágico (2018) celebra os 15 anos da conquista da Tríplice Coroa, com autoria do ídolo cruzeirense, Alex, considerado um dos meio campistas mais talentosos de sua geração. A parceria fez sucesso, com evento de lançamento em Brasília, juntamente com lançamento em Belo Horizonte.

Por fim, sua última obra lançada acerca do Cabuloso foi O trem azul que passou em minha vida (2021), reunindo crônicas que celebram o centenário do Cruzeiro e suas conquistas. “É a minha relação com o Cruzeiro, a forma como eu sempre torci, sabe? As minhas histórias com o clube, com os jogadores, com a torcida, as entrevistas. São 37 crônicas, é um livro que eu tenho muito carinho e orgulho de ter lançado, porque ali eu exponho tudo que eu vivi ao lado do Cruzeiro”, explica.

Cruzeiro retorna para Brasília

Após cinco anos desde sua última partida em Brasília, o Cruzeiro está de volta ao Mané Garrincha. O clube mineiro vai enfrentar a Chapecoense, em partida válida pela 24ª rodada da Série B. A partida ocorrerá neste sábado (13), às 16h30. A Raposa está na liderança do campeonato, com quase 10 pontos de vantagem para o segundo colocado, o Grêmio. Como de praxe, Anderson estará na torcida.

“O time está muito bem na série B, uma campanha irretocável. O futebol jogado é convincente, oscila de vez em quando, mas na maioria dos jogos convence. Ganha com propriedade. Então a expectativa amanhã é de mais uma vitória, né? A torcida brasiliense vai marcar presença, já estamos aí com quase 20 mil ingressos vendidos. Então a expectativa é alta para um grande sábado, com uma vitória importante. Na maioria dos jogos, o Cruzeiro vem, chega, joga, ganha bem e alegra a torcida, então a expectativa é de que essa escrita se mantenha”, antecipa.

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