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Com brasilienses em quadra, Brasil faz história no goalball

A equipe nacional conta com dois atletas do DF, Leomon Moreno e André Dantas. Esse último é atleta do Centro Olímpico e Paralímpico

Redação Jornal de Brasília

16/12/2022 14h17

Atualizada 17/12/2022 14h10

Jogadores seguram a bola nos segundos finais da partida final. Leomon está na esquerda pulando, Emerson e Parazinho vibram e, ao fundo, atletas e comissão técnica aparecem desfocados vibrando. Fotos: Renan Cacioli/ CBDV.

O Brasil se tornou nesta sexta (16) o maior campeão da história do Campeonato Mundial de Goalball. Em final disputada no Centro de Desportos e Congressos, em Matosinhos (POR), os rapazes derrotaram a China por 6 x 5, ergueram a taça pela terceira edição consecutiva (2022, 2018 e 2014) e deixaram para trás os bicampeões alemães e lituanos na lista dos vencedores do torneio. Com a taça na mão, a Seleção garante vaga nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

A equipe nacional conta com dois atletas do DF, Leomon Moreno e André Dantas. Esse último é atleta do Centro Olímpico e Paralímpico de São Sebastião e integra o time Capital.
O pivô Emerson, que acabou eleito o Melhor Jogador da Partida e marcou o pênalti decisivo que virou o placar a um minuto e trinta e seis segundos do fim de um duelo duríssimo, no qual o Brasil esteve durante quase todo o tempo atrás do marcador. Além dele, fizeram gols Leomon (quatro) e Parazinho (um).

“Primeiro é uma honra ter recebido um time multicampeão, o trabalho vinha sendo muito bem feito, e a gente está botando a nossa cara nesse time”, disse o técnico Jônatas Castro, que assumiu o comando do time este ano com a responsabilidade de substituir Alessandro Tosim, treinador que conduzira o Brasil desde o início de sua subida rumo ao topo do goalball masculino nas principais conquistas, como o bicampeonato mundial e o ouro inédito em Paralimpíadas obtido em Tóquio, no ano passado. “A sensação de ser campeão é indescritível, é até difícil de falar agora ainda na adrenalina do jogo. Sabíamos que tínhamos condições de vencer porque os meninos jogam demais”, destacou o comandante.

Para chegar ao terceiro ouro em Mundiais, o Brasil encarou o mesmo adversário da final paralímpica em Tóquio, que vencera por 7 x 2 na ocasião. Desta vez, porém, o jogo se mostrou bem mais complicado e os chineses sempre estiveram à frente, levando a decisão para o intervalo com 4 x 3 a seu favor. Com a formação titular de Emerson no centro e Leomon e Parazinho abertos nas alas – André Dantas entrou no lugar de Parazinho em determinado momento da partida –, o time acabou sofrendo com as bolas rápidas do oponente e cometeu algumas penalidades que permitiam à China controlar o ritmo e o placar. Parazinho igualou em 5 x 5 com 3:52 para o término e, a pouco mais de um minuto e meio, Emerson converteu a penalidade que decretou o tri.

“A gente sabia que tem um time muito qualificado, todos aqui deram o seu melhor e não sairíamos aqui sem o ouro. Muito obrigado a todos no Brasil que torceram pela gente!”, agradeceu o ala brasiliense Leomon, que foi o artilheiro da Seleção no torneio, com 36 gols. O Brasil fechou sua campanha invicto, com 100% de aproveitamento: dez vitórias em dez jogos, com 112 gols a favor e 50 gols contra.

Na disputa do bronze, a Ucrânia ganhou da Lituânia por 6 x 2. Como consolação, os lituanos fizeram o Artilheiro da competição, o experiente Genrik Pavliukianec, que terminou sua participação em Portugal com 47 gols anotados.

Campanha da Seleção Brasileira:
Fase de gruposBrasil 11 x 5 ArgéliaBrasil 8 x 6 JapãoBrasil 9 x 6 TurquiaBrasil 13 x 3 CanadáBrasil 13 x 5 AlemanhaBrasil 11 x 1 BélgicaBrasil 17 x 10 Portugal
Quartas de finalBrasil 15 x 5 Irã
SemifinalBrasil 9 x 4 Lituânia
FinalBrasil 6 x 5 China

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