CARLOS PETROCILO
SÃO PAULO, SP
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) fará na próxima quarta (7) a sua primeira eleição para a presidência da entidade com mais de uma chapa inscrita desde 1979. Concorrem ao cargo o atual presidente e candidato à reeleição Paulo Wanderley, 70, o presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Rafael Westrupp, 40, e o presidente da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno, Helio Meirelles, 68.
Junto do vice Marco La Porta, Paulo Wanderley tem a máquina a seu favor e aposta no trabalho feito nos últimos três anos, desde quando assumiu a presidência após a prisão e renúncia de Carlos Arthur Nuzman (de quem era vice), mas também luta contra o desgaste sofrido principalmente desde o fim do ano passado.
Westrupp e Meirelles tentam chegar ao poder com o apoio de confederações olímpicas descontentes com o COB e respaldados por ex-atletas como candidatos a vice.
Responsável pela área de alto rendimento na Secretaria Especial do Esporte do governo Bolsonaro até junho, o campeão olímpico do vôlei de praia Emanuel Rego se aliou a Westrupp, em chapa com pé fincado na política de Brasília.
O ex-velocista dono de duas medalhas olímpicas Robson Caetano concorre com Meirelles, que articulou um antigo grupo de confederações de oposição e vem sendo tratado como azarão na disputa.
Outra novidade serão os 12 votos dos representantes da Comissão de Atletas do COB (antes tinham direito a 1 voto), embora a maior parte do colégio eleitoral seja formado por 35 confederações olímpicas.
Participam também os dois integrantes brasileiros do Comitê Olímpico Internacional (COI) –o ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman e Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional.
O pleito pode ter até três turnos. O vencedor precisa conquistar 25 dos 49 votos.
As informações são da FolhaPress