Menu
Torcida

COB culpa ondas e ventos por Olimpíada com quatro ouros a menos

Questionado sobre o que aconteceu para a promessa não ser cumprida, o dirigente voltou a culpar a natureza e isentou o COB

Redação Jornal de Brasília

11/08/2024 9h42

paulo wanderley presidente do cob discursa na casa brasil no ultimo dia das olimpiadas de paris 2024 1723375039320 v2 360x480.jpg

Paulo Wanderley, presidente do COB, discursa na Casa Brasil no último dia das Olimpíadas de Paris 2024. – Foto: Wander Roberto/COB

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

A natureza é a principal responsável pelo Brasil não ter atingido a meta de repetir, em Paris, o número de medalhas de ouro conquistadas nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e de Tóquio-2020. Ao menos foi esse o argumento apresentado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) em balanço feito à imprensa neste domingo (11) na Casa Brasil, na capital francesa.

“Se não fossem algumas ondas, alguns ventos e alguns contratempos que aconteceram ao longo dos Jogos Olímpicos, possivelmente a gente teria quebrado o recorde”, comentou o diretor de Esporte do COB, Ney Wilson.

A “onda” é uma referência à semifinal do surfe masculino, quando o mar acalmou e não ofereceu ondas para Gabriel Medina buscar sua segunda nota e acabou derrotado sem ter a chance de tentar. Na vela, porém, o melhor resultado do país foi um oitavo lugar, da dupla Martine Grael/Kahena Kunze, que já não chegou à Olimpíada entre as cotadas ao pódio, depois de um ciclo ruim.

Com somente três medalhas de ouro, menos da metade do que em Tóquio, o Brasil ocupa somente a 20ª colocação no quadro de medalhas, exatamente a posição em que o presidente Paulo Wanderley Teixeira, em entrevista à Folha no ano passado, disse que o Brasil não ficaria.

Questionado sobre o que aconteceu para a promessa não ser cumprida, o dirigente voltou a culpar a natureza e isentou o COB. “A gente não controla variáveis. Não consigo fazer com que a natureza faça onda, ou ventos para a vela. Em um trabalho interno vamos verificar o que aconteceu com os ateltas.

Uma coisa posso afirmar: por números, estatistias, o investimento foi maior do que em Toquio. Toda e qualquer demanda que venha de uma confederação, de uma equipe um técnico, foi atendida.”

No balanço, a diretoria do COB se apoiou também nos “quase”. Em apresentação da vice-chefe de delegação Mariana Mello, foi mostrada uma lista de 11 resultados em quarto e quinto lugares, um número estatisticamente esperado para um país que ganhou 10 medalhas de bronze.

“Foram 11 atletas que foram para a disputa de medalha. Se ganhassem, estaríamos com 31 medalhas”, justificou Paulo Wanderley.

Pela primeira vez desde 2008, nenhuma modalidade brasileira estreou no pódio. Para o COB, detalhes impediram que isso acontecesse. “A gente nunca teve tantas modalidades para chegarem à medalha olímpica. Em várias conversas também apresentei modalidades muito próximas de chegar na medalha olímpica: ginástica rítmica, canoagem slalom, tênis de mesa. Quando analista o quadro, muitos deles foram detalhes que deixou a medalha escapar”, disse Ney Wilson.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado