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Caboclo se defende de compra de jato e implica novo protegido de Del Nero

A aquisição do jato foi fechada no último dia 4, mesma data em que Caboclo foi denunciado por funcionária por assédio sexual e moral

Redação Jornal de Brasília

21/06/2021 18h51

Foto: Reprodução/TV

Alex Sabino e Carlos Petrocilo
São Paulo, SP

O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, se defendeu nesta segunda-feira (21) após ter sido apontado como o único responsável pela compra de um avião no valor de R$ 71 milhões no mesmo final de semana de sua queda no comando da entidade. De acordo com o dirigente, outros diretores também teriam assinado o contrato, sendo um dos citados diretamente ligado ao seu ex-aliado Marco Polo Del Nero.

A aquisição do jato Legacy 500, prefixo PR-HIL foi fechada no último dia 4, mesma data em que uma funcionária da confederação apresentou denúncia formal contra Caboclo por assédio sexual e moral. Ele foi afastado do cargo dois dias depois. A aquisição foi noticiada pelo blog do Rodrigo Mattos do UOL. Desde então, a entidade tenta vender o jato, o que ainda não aconteceu.

Segundo nota divulgada pela assessoria de Caboclo, “o conceito estabelecido internamente sempre foi o da substituição do avião existente por um mais novo”. De acordo com o presidente afastado, o documento de compra tem as assinaturas dos diretores jurídico da CBF, Luiz Felipe Santoro, e financeiro, Gilnei Botrel. Ainda na versão de Caboclo, Botrel recomendou e realizou o pagamento imediato da aeronave.

A entidade era dona de uma aeronave Cessna 680 modelo Sovereign, de 2009, e a trocaria pelo Legacy fabricado em 2015, com maior autonomia e mais moderno. “A última revisão do Cessna, feita em fevereiro, custou aos cofres da entidade US$ 370 mil [R$ 1,8 milhões em valores atuais.]”, diz o comunicado. Caboclo alega que o Cessna seria vendido por US$ 6,1 milhões (R$ 30,7 mi) e o negócio só não foi concluído por causa do seu afastamento.

A defesa do presidente implica Botrel na negociação por um motivo que vai além da assinatura do contrato. Caboclo acredita que o diretor financeiro é o escolhido por Marco Polo Del Nero, ex-mandatário banido do futebol pela Fifa, para ser eleito no pleito que deverá acontecer em 2023, com início de mandato em 2024.

Botrel ocupa um papel que um dia já foi de Caboclo, também selecionado no passado por Del Nero, que continua sendo a figura mais influente na confederação. Caboclo está rachado com seu antigo mentor e acredita que ele é o responsável pelo seu afastamento do cargo.

Procurada pela reportagem para um posicionamento da entidade e dos seus diretores, a CBF não se pronunciou.

As informações são da Folhapress

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