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Torcida

Bia Haddad admite que oscilação na parte mental vem atrapalhando sua temporada

Atleta com o melhor ranking de todo o confronto entre Brasil e Alemanha, Bia se tornou a principal referência da equipe nacional

Redação Jornal de Brasília

13/04/2024 8h32

Foto: AFP

Beatriz Haddad Maia e Laura Pigossi foram derrotadas nesta sexta-feira, no primeiro dia do confronto com a Alemanha, pela fase classificatória da Billie Jean King Cup. As duas tenistas, contudo, apresentaram posturas diferentes no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Enquanto Bia sucumbiu ao nervosismo, Laura esbanjou confiança e interagiu com a torcida durante todo o seu jogo.

Ao fim de sua partida, a tenista número 13 do mundo admitiu que oscilações na parte mental vêm atrapalhando a sua temporada, a exemplo da partida de abertura do duelo com as alemãs, nesta sexta. “Acho que o que aconteceu hoje foi um pouco do que vem acontecendo comigo nos últimos jogos, quando não consegui ser agressiva e sólida como eu gostaria. Não falaria de (golpes de) direita ou de esquerda, é mais uma questão mental comigo mesma. Em certos momentos estou me frustrando e me perdendo mentalmente”, afirmou a principal tenista brasileira.

Atleta com o melhor ranking de todo o confronto entre Brasil e Alemanha, Bia se tornou a principal referência da equipe nacional. Seu nome foi o mais celebrado pela torcida ao longo da noite no Ibirapuera. A brasileira também foi acompanhada pela família na primeira partida da série melhor de cinco.

“Quando você se coloca numa posição de estar entre as melhores do mundo, a expectativa vem naturalmente, e nas últimas partidas eu mesma acabei me pressionando em alguns momentos. E isso não é externo, não vem da minha equipe, da minha família ou das pessoas. É uma cobrança minha”, comentou.

A falta de confiança prejudicaram o rendimento da tenista no fundo de quadra. Na estreia, cometeu 31 erros não forçados. “O problema não é o erro não forçado, mas como estou errando. Se eu começo o jogo mais disciplinada e da forma certa, eu levo o jogo para um cenário… A partir do momento que eu fico mais acuada e perco o meu padrão, o jogo vai para outro cenário. Hoje, mais uma vez, eu fui me perdendo, fiquei um pouco desconcentrada nos momentos difíceis.”

Bia vai abrir o segundo e último dia do confronto, neste sábado, a partir das 15h. Sua adversária será Tatjana Maria. Para este jogo, a brasileira prometeu uma atitude diferente para evitar as oscilações mentais ao longo da partida. “As coisas não estão acontecendo como eu gostaria e a única forma de eu reverter isso é eu ter uma atitude melhor, jogar com mais energia e enfrentar essa situação com coragem. Foi assim que eu conquistei todos as coisas grandes da minha carreira.”

SEM NERVOSISMO

Se Bia enfrentou dificuldades em razão da tensão em quadra, Laura Pigossi disse se sentir “em casa” no Ibirapuera cheio, com quase 9 mil torcedores. “Desde que comecei a jogar tênis, provavelmente foi um dos momentos que mais sonhei na minha vida, que é jogar no Ibirapuera. A noite eu fechava o olho e imaginava jogando aqui. Eu estava esperando bater o nervosismo, o frio na barriga. Mas não senti. Estava me sentindo em casa. Eu não estava me sentindo sozinha por causa do apoio da torcida”, declarou a tenista. “Essa memória vai ficar para a minha vida inteira.”

Laura afirmou que está em boas condições físicas, apesar do atendimento médico que recebeu em quadra. Ela disse ter se tratado de uma precaução. “No terceiro set, é normal dar uma baixada de rendimento, principalmente físico. Eu não estava mal, mas ao mesmo tempo não queria chegar ao ponto de estar mal. Então achei uma boa maneira de me manter ativa no jogo. Foi mais para não deixar chegar naqueles momentos de 5/5 no terceiro set e estar na pior condição física possível.”

Estadão Conteúdo

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