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Atlético-MG anuncia Cuca e diz que escândalo do passado é ‘assunto superado’

Com um contrato de dois anos, o treinador retorna ao clube que dirigiu na campanha do título da Copa Libertadores de 2013

Redação Jornal de Brasília

05/03/2021 11h56

A diretoria do Atlético-MG anunciou nesta sexta-feira a contratação do técnico Cuca para a temporada 2021. Com um contrato de dois anos, com possibilidade de ampliação até dezembro de 2023, o treinador retorna ao clube que dirigiu na campanha do título da Copa Libertadores de 2013. Saiu no final daquele ano depois de ficar em terceiro lugar no Mundial de Clubes da Fifa, no Marrocos.

Acompanham Cuca, na sua chegada ao Atlético-MG, os seguintes membros da comissão técnica: Avlamir Stival (Cuquinha), primeiro auxiliar; e Eudes Pedro, segundo auxiliar. Além deles, passa a integrar a equipe o preparador físico Cristiano Nunes, que estava no Internacional na última temporada.

“Cuca reúne as qualidades que a nova diretoria procura: é um técnico vencedor, que acredita na base como fator de renovação, valoriza o trabalho em grupo e é profissional íntegro”, informou o Atlético-MG no anúncio da contratação no site oficial. “Estamos muito felizes com a chegada do Cuca. Vamos, juntos, construir uma trajetória de vitórias”, disse o presidente Sérgio Coelho.

Em sua primeira passagem pelo Atlético-MG, além da conquista da Libertadores, Cuca também ganhou os títulos do Campeonato Mineiro em 2012 e 2013. No Campeonato Brasileiro de 2012, obteve o vice. O técnico já dirigiu a equipe alvinegra em 153 jogos, com 80 vitórias, 34 empates e 39 derrotas.

Depois de deixar o Atlético-MG, Cuca foi para o Shandong Luneng, da China (2014-2015), e voltou ao Brasil para treinar o Palmeiras em duas vezes – foi campeão brasileiro em 2016. Voltou ao Santos em 2018, deixou o clube alvinegro no fim da temporada para ser substituído pelo argentino Jorge Sampaoli, trabalhou no São Paulo em 2019 e estava no time da Vila Belmiro entre agosto de 2020 e fevereiro deste ano.

POLÊMICA – A contratação de Cuca é cerca de polêmica. Nas redes sociais, uma parcela da torcida tem se manifestado de forma contrária com a hashtag #CucaNão. O protesto tem a ver com um episódio ocorrido em 1987, na Suíça. Durante uma excursão do Grêmio à Europa, Cuca (então jogador) e os companheiros de clube Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique foram acusados de terem tido relação sexual com uma menina de 13 anos.

Após quase um mês detidos em Berna, os quatro jogadores foram liberados. Dois anos depois, em 1989, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados por atentado ao pudor com uso de violência. Fernando foi absolvido da acusação de atentado ao pudor e condenado por estar envolvido no ato de violência. Cuca se diz inocente.

O Atlético-MG se pronunciou sobre o assunto. “Sobre os antigos episódios envolvendo o nome do treinador (e que vieram à tona recentemente), o Clube entende que o assunto está superado, em face das últimas declarações dadas por ele. O Clube Atlético Mineiro afirma confiar no treinador, em suas palavras e, principalmente, em sua conduta: sempre proba e séria, inclusive durante o período em que treinou o nosso time”, informou.

“O Clube afirma, ainda, ter absoluto respeito pelas mulheres, defende a bandeira da igualdade e repudia qualquer ato de violência ou discriminação, contra quem quer que seja”, completou o time alvinegro.

Estadão Conteúdo

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