Menu
Torcida

Abramovich entrega controle do Chelsea aos administradores da fundação do clube

A decisão vem apenas dois dias após o início do ataque do exército russo à Ucrânia, um conflito criticado por quase toda a comunidade internacional

Redação Jornal de Brasília

26/02/2022 17h11

O dono do Chelsea, o bilionário russo Roman Abramovich, vai entregar “a gestão e administração” do clube da Premier League aos administradores da fundação de caridade da entidade, anunciou o atual campeão europeu e mundial em um comunicado.

Abramovich toma esta decisão apenas dois dias após o início do ataque do exército russo à Ucrânia, um conflito criticado por quase toda a comunidade internacional. 

“Durante meus quase 20 anos de propriedade do Chelsea FC, sempre vi meu papel como guardião do clube, cujo trabalho é garantir que sejamos tão bem-sucedidos quanto podemos ser hoje, bem como construir para o futuro, enquanto também desempenhando um papel positivo em nossas comunidades”.

“Sempre tomei decisões com os melhores interesses do clube em mente”, justificou o proprietário.

“Continuo apegado a esses valores. É por isso que hoje confio aos administradores da Chelsea Charitable Foundation a administração do Chelsea FC”, acrescentou Abramovich no comunicado. 

“Acho que atualmente eles são os mais bem posicionados para cuidar dos interesses do clube, dos jogadores, da equipe e dos torcedores”, explicou.

Times da Premier League pedem paz na Ucrânia; Zinchenko chora durante homenagem

Manchester United e Watford (0-0) se uniram atrás de uma faixa onde a palavra “Paz” aparecia escrita em seis idiomas, incluindo russo, como um gesto contra a invasão russa da Ucrânia, antes da partida deste sábado, pela 27ª rodada da Premier League . 

A ideia de se agrupar atrás da faixa, que também dizia “Peace and Love” (Paz e Amor) foi sugerida pelo técnico alemão do Manchester United, Ralf Rangnick, que usou uma pequena mensagem em sua roupa com o lema “NO WAR” (Não à guerra), explicou o clube. 

O futebol inglês se mobilizou neste sábado em solidariedade à Ucrânia. 

No Selhurst Park, antes do jogo Crystal Palace-Burnley, painéis iluminados exibiram a mensagem “Estamos com a Ucrânia”. 

Na partida entre Brighton e Aston Villa, o lateral do Aston Villa Matty Cash, recentemente nacionalizado polonês, fez um gesto com seu companheiro de equipe Tomasz Kedziora, que joga no Dínamo de Kiev. 

Depois de marcar um gol em sua partida, ele levantou a camisa para revelar a mensagem “Tomasz Kiedzora + sua família: seja forte, irmão”, com um coração desenhado. 

A Premier League autorizou demonstrações de apoio à Ucrânia, mas Matty Cash recebeu um cartão amarelo, mostrado pelo árbitro John Brooks. 

Apesar do fato de haver apenas três jogadores ucranianos na Premier League (e nenhum russo), o acaso do calendário fez com que dois deles se encontrassem em um campo neste sábado. 

Foi em Goodison Park que Vitaly Mykolenko, do Everton, se reencontrou com seu compatriota do Manchester City, Oleksander Zinchenko. Ambos deram um abraço emocionado no círculo central durante o aquecimento, sob aplausos do público. 

O Everton também decidiu não soar sua tradicionl sirene de ataque aéreo neste sábado, devido ao contexto atual. 

Pouco antes do jogo, as câmeras de televisão focaram em Zinchenko, chorando no banco. O jogador participou das vigílias de apoio ao seu país organizadas na Inglaterra, com autorização do clube.

© Agence France-Presse

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado