Esta semana foi só festa para Recife. Depois de hospedar a Feira Música Brasil com o melhor da produção musical brasileira, a cidade comemora nesta sexta-feira os 100 anos do frevo.
O músico Antônio Nóbrega comanda um arrastão que irá iniciar os festejos. O ministro Gilberto Gil e outros cantores como Maria Rita, Alceu Valença e Ney Matogrosso também vão prestar sua homenagem ao ritmo.
O frevo, que é essencialmente pernambucano, nasceu de uma derivação da capoeira. Havia uma rivalidade entre as bandas marciais e os capoeiras se organizavam para defendê-las. Com o tempo, a música da banda foi ganhando um ritmo especial e os golpes dos lutadores foram se transformando em passos de dança. Daí já era tarde demais, o frevo já corria de boca em boca, de pé em pé no estado nordestino.
Em 9 de fevereiro de 1907, o ritmo ganhou o seu nome oficial, que é uma derivação de ferver. Afinal, o povo "frevia" ao som da música. Em Olinda, o frevo ganhou a participação de uma família de bonecos gigantes, além do tradicional passista com a sombrinha.
A Prefeitura de Recife quer transformar o ritmo em patrimônio imaterial. Já foi realizada uma reunião com representantes do conselho consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) para a apresentação do pedido.
