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Europeus investem no rock pós-punk brasileiro

Arquivo Geral

07/05/2005 0h00

Duas décadas depois de ter passado despercebido pelo grande público, o pós-punk brasileiro é tema de duas compilações internacionais: Não Wave – Brazilian Post Punk 1982-1988, que acaba de ser lançada na Alemanha pelo selo Man Recordings, e The Sexual Life of the Savages – Underground Post-Punk from Brazil, da gravadora inglesa Soul Jazz, que chega às lojas do Reino Unido na próxima segunda-feira, dia 9.

A gravadora preparou ainda uma edição limitada em vinil de sete polegadas com Pânico, das Mercenárias, e Rock Europeu, do Fellini. Essa edição vai atender ao público de colecionadores que costumam pagar até R$ 2 mil por um bolachão nos mercados europeu e japonês. Em julho, as Mercenárias farão o show oficial de lançamento do álbum na Inglaterra.

“Fui correndo comprar o sete polegadas. Foi a realização de um sonho antigo, o de ter um disco lançado na Inglaterra”, diz Thomas Pappon, 44, integrante do Fellini, do Voluntários da Pátria e do Smack, que vive em Londres desde meados da década de 90.

Os discos têm diferenças sutis entre si. Não Wave, por exemplo, traz em seu repertório uma música inédita do Ira!, Lá Fora Pode até Morrer; o punk funk dos cariocas do Black Future; Prince no Deserto Vermelho, da “superbanda underground” AKT, formada por integrantes dos grupos De Falla (Porto Alegre), R. Mutt (Belo Horizonte), Mercenárias e Bruhaha Babélico (SP); e Agentss, do Agentss.

Dark The Sexual Life of the Savages é mais paulistana e tem a dissonância dark do Smack; Madame Oráculo do Nau, que revelou Vange Leonel; o groove inventivo do Gueto; dois momentos robustos da Patife Band; a new wave tropical da Gang 90 & Absurdettes; Cabine C, de Ciro Pessoa, um dissidente dos Titãs; e a eletrônica santista do Harry. Akira S & as Garotas que Erraram, Fellini, Mercenárias, Chance e Muzak são onipresentes nos dois registros.

“Selecionamos músicas de que gostamos. É lógico que muita coisa legal ficou fora”, diz Bruno Verner, 33, do Tetine, que assina, ao lado de Eliete Mejorado, a curadoria do projeto.

A idéia surgiu em 2004, depois de um especial das Mercenárias feito no programa de rádio Slum Dunk, que o Tetine mantém na Resonance FM de Londres. Segundo Verner, a gravadora adorou as composições, entrou em contato, e as conversas resultaram no álbum que tem como título uma das frases da canção Nosso Louco Amor, de Júlio Barroso e Herman Torres.

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    07/05/2005 0h00

    Duas décadas depois de ter passado despercebido pelo grande público, o pós-punk brasileiro é tema de duas compilações internacionais: Não Wave – Brazilian Post Punk 1982-1988, que acaba de ser lançada na Alemanha pelo selo Man Recordings, e The Sexual Life of the Savages – Underground Post-Punk from Brazil, da gravadora inglesa Soul Jazz, que chega às lojas do Reino Unido na próxima segunda-feira, dia 9.

    A gravadora preparou ainda uma edição limitada em vinil de sete polegadas com Pânico, das Mercenárias, e Rock Europeu, do Fellini. Essa edição vai atender ao público de colecionadores que costumam pagar até R$ 2 mil por um bolachão nos mercados europeu e japonês. Em julho, as Mercenárias farão o show oficial de lançamento do álbum na Inglaterra.

    “Fui correndo comprar o sete polegadas. Foi a realização de um sonho antigo, o de ter um disco lançado na Inglaterra”, diz Thomas Pappon, 44, integrante do Fellini, do Voluntários da Pátria e do Smack, que vive em Londres desde meados da década de 90.

    Os discos têm diferenças sutis entre si. Não Wave, por exemplo, traz em seu repertório uma música inédita do Ira!, Lá Fora Pode até Morrer; o punk funk dos cariocas do Black Future; Prince no Deserto Vermelho, da “superbanda underground” AKT, formada por integrantes dos grupos De Falla (Porto Alegre), R. Mutt (Belo Horizonte), Mercenárias e Bruhaha Babélico (SP); e Agentss, do Agentss.

    Dark The Sexual Life of the Savages é mais paulistana e tem a dissonância dark do Smack; Madame Oráculo do Nau, que revelou Vange Leonel; o groove inventivo do Gueto; dois momentos robustos da Patife Band; a new wave tropical da Gang 90 & Absurdettes; Cabine C, de Ciro Pessoa, um dissidente dos Titãs; e a eletrônica santista do Harry. Akira S & as Garotas que Erraram, Fellini, Mercenárias, Chance e Muzak são onipresentes nos dois registros.

    “Selecionamos músicas de que gostamos. É lógico que muita coisa legal ficou fora”, diz Bruno Verner, 33, do Tetine, que assina, ao lado de Eliete Mejorado, a curadoria do projeto.

    A idéia surgiu em 2004, depois de um especial das Mercenárias feito no programa de rádio Slum Dunk, que o Tetine mantém na Resonance FM de Londres. Segundo Verner, a gravadora adorou as composições, entrou em contato, e as conversas resultaram no álbum que tem como título uma das frases da canção Nosso Louco Amor, de Júlio Barroso e Herman Torres.

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