Dois documentários fecham nesta segunda-feira, às 20h30 na primeira sessão e 23h30 na segunda, a programação de curta-metragens da mostra competitiva em 35 mm do 39º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: Trecho, uma produção mineira dirigida pela estreante Clarissa Campolina e por Helvécio Marins Jr, e O Homem-Livro, um filme carioca dirigido e roteirizado por Anna Azevedo.
Trecho tem 18 minutos de duração e conta a saga de Libério José da Silva, que, há oito anos, caminhou da capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, até Recife, Pernambuco. O filme é um diário de imagens e sons que remonta a viagem, as motivações e as impressões do andarilho. Os diretores tentam mostrar como o tempo e a paisagem mudaram as lembranças e questionamentos de seu personagem. É o primeiro trabalho de Clarissa Campolina, enquanto Helvécio Marins Jr já fez 2 Homens (2001) e Nascente (2005).
O filme do Rio de Janeiro mostra a história de vida de Evando, uma história que se confunde com a de seus 42 mil livros. Evando junta livros desde criança e os guarda em casa. Leitor sedento, ele não conseguia se desfazer de nenhum de seus tesouros. Mas sonhava em dividir esse patrimônio com o resto da sociedade carioca.
Para isso, queria fazer uma biblioteca, um casa nova para os livros que estão em quase todos os cômodos da residência. A idéia foi abraçada pelo arquiteto Oscar Niemeyer para a profunda alegria de Evando. Mas, como nem tudo acontece sempre como a gente quer, o dono dos livros vive, às vésperas da conclusão da biblioteca, a angústia de ver tudo perdido.
O Homem-Livro, de 13 minutos, é a quarta experiência de Anna Azevedo como diretora. Antes, ela fez Rio de Jano (2003), Batuque na Cozinha (2004) e Berlinball (2006).