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Política & Poder

TRF-2 determina que Temer e Coronel Lima sejam presos novamente

Willian Matos

08/05/2019 19h36

Temer

Foto: Agência Brasil

Da redação
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Por dois votos a um, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região determinou que o ex-presidente da República, Michel Temer, seja preso novamente. o coronel João Baptista Lima Filho também teve a prisão preventiva determinada.

De acordo com o TRF-2, é necessário que Temer e Lima estejam presos para que as investigações referentes ao Inquérito dos Portos não sejam tumultuadas. Eles haviam sido beneficiados com um habeas corpus, negado pelo presidente do TRF-2, Abel Gomes, nesta quinta (8).

O ex-presidente falou rapidamente com jornalistas e confirmou que se apresentará nesta quinta (9), em São Paulo. Afirmou que estava em seu escritório quando recebeu a notícia. “Estava no escritório. Eu levo minha vida tranquilamente”, disse Temer.

O advogado de Temer, Eduardo Carnelós, já havia confirmado que o ex-presidente se apresentaria amanhã. “Ele irá se apresentar em cumprimento à ordem do Tribunal”, afirmou o advogado.

“Não há risco à ordem pública, mas, sim, uma necessidade de dar exemplo à sociedade. Respeito a opinião dos desembargadores, mas lamento profundamente a decisão. Considero isto uma página triste do judiciário brasileiro”, prosseguiu Carnelós, de certa forma respondendo à procuradora Mônica de Ré. Mônica defendeu a volta de Temer à prisão porque, segundo ela, o ex-presidente representa perigo por “tudo que fez de mal”.

O advogado falou, ainda, sobre a abordagem a Temer ocorrida em março, quando o ex-presidente foi preso pela primeira vez. “Temer tem 78 anos de idade e nunca se negou a prestação de contas à Justiça. Mesmo enquanto presidente da Republica, se manteve fiel ao cumprimento das Leis. Espero que ele não seja submetido a uma abordagem policial nos moldes daquela que se deu em março”, concluiu.

Inquérito dos Portos

Michel Temer foi preso preventivamente no dia 21 de março, acusado de chefiar uma organização criminosa que recebeu R$ 1 milhão em propina sobre o contrato de construção da usina nuclear de Angra 3.

O Ministério Público Federal afirmou que chega a R$ 1,8 bilhão o montante de propinas solicitadas, pagas ou desviadas pelo grupo de Temer. Segundo a Procuradoria, a organização age há 40 anos obtendo vantagens indevidas sobre contratos públicos. O ex-presidente nega todas as acusações.

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