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Política & Poder

Rosso entra na briga com chapa completa e busca mais aliados

Arquivo Geral

27/07/2018 23h38

Divulgação

Francisco Dutra
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A Terceira Via se reinventou com uma primeira chapa majoritária fechada. Além do deputado federal Rogério Rosso (PSD) passar a condição de candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF), o pastor Egmar Tavares (PRB) será candidato ao posto de vice-governador. Para o Senado Federal, o senador Cristovam Buarque (PPS) brigará pela reeleição, enquanto Fernando Marques (SD) correrá pela segunda vaga. Sem fechar as portas, o grupo segue um antigo aliado o PSDB. Mas agora tentará composições com novas forças, como o PDT e PCdoB. E para conquistar mais aliados, Rosso pretende ser a referência da oposição.

“Foram meses de muita conversa. E as circunstâncias levaram a isso. Nós temos uma visão para o DF e a Região Metropolitana. É chegada a hora de resgatar a qualidade do serviço público, o desenvolvimento econômico e social. Para que o povo de Brasília passe a ter confiança e orgulho no governo”, declarou Rosso.

Questionado se agora irá realmente batalhar até o fim pelo posto de governador, respondeu: “Não basta querer. Governo é uma missão e precisa estar preparado. Preparado estou. E a população sabe disso”. Apesar da perda do PSDB, o grupo surpreendeu com o anuncio da chegada do SD. Segundo o parlamentar, pelo menos três partidos avaliam participar da nova Terceira Via, também conhecida como Aliança Alternativa.

“O PSDB tem o nosso respeito e o deputado Izalci também. Ele saberá escolher o seu rumo. E sempre será bem vindo em nossa aliança”, disse Rosso. Desde a desistência oficial de Jofran Frejat (PR) da disputa pelo Palácio do Buriti, Rosso intensificou as análises de cenário eleitoral sempre buscando a união das forças de oposição. No meio de dezenas de negociações, PSD, PPS, PRB e PSC chegaram a cogitar uma composição com MDB, PP e Avante. Mas neste caso, haveria uma divisão de cargos majoritários. No entanto, na tarde desta sexta-feira (27/07), passou a correr pelo DF a informação de que Ibaneis Rocha (MDB) seria lançado para o governo, tendo a neta de JK, Anna Cristina Kubitschek (PP), esposa do empresário Paulo Octávio (PP), como vice. O movimento fechou a construção inicial. Mas há espaço na nova Aliança para uma eventual recomposição para vinda de aliados de peso.

“Eu respeito a decisão do MDB de apostar em Ibaneis. Ele é meu amigo. É um homem sério dessa cidade. E com certeza vamos construir juntos um DF maior”, ponderou Rosso. No campos das vagas proporcionais para deputado federal, a nova Terceira Via, inicialmente estuda o lançamento de uma chapa única, um chapão.

Alma lavada

O lançamento da chapa majoritária lavou a alma do senador Cristovam Buarque. Nestas eleição, ele assumiu pela primeira vez o papel de articulador. Pelo estilo educado, respeitoso e sem exigências e comandos firmes, foi muito criticado por rivais. Ironicamente, foi esse perfil que gerou a primeira chapa majoritária 100% consolidada desta corrida eleitoral. “Estou muito satisfeito por ter conseguido. Estou cansado, mas satisfeito. Não conseguimos o PSDB, o que é uma pena. Mas já conseguimos o SD. E sem PSDB é possível que agora a gente traga o PDT e o PCdoB”, comentou. Buarque brigou por Rosso pela sintonia de bandeiras. “Ele é muito preparado. E acho que vai se sair muito bem nos debates”, justificou.

A aproximação de Izalci com o grupo político do ex-governador José Roberto Arruda (PR) foi um dos motivos determinantes para a Terceira Via ter deixado o PSDB.

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