Menu
Política & Poder

PF afirma que celulares de Bolsonaro foram alvo de hackers

Notícia do ataque ao presidente vem à tona depois de Joice, Moro e Guedes também sofrerem invasões

Willian Matos

25/07/2019 9h43

Foto: Alan Santos/PR

Da redação
[email protected]

Na esteira do escândalo de arapongagem envolvendo integrantes do governo federal como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e a líder do governo na Câmara dos Deputados, Joice Hasselmann, a Polícia Federal afirma que dois celulares do presidente Jair Bolsonaro também foram alvo de quadrilha de hackers.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública se pronunciou por meio de nota oficial. Sem dar mais detalhes, a pasta conta o ataque a Bolsonaro. Leia na íntegra:

O Ministério da Justiça e Segurança Pública foi, por questão de segurança nacional, informado pela Polícia Federal de que aparelhos celulares utilizados pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, foram alvos de ataques pelo grupo de hackers preso na última terça feira (23). Por questão de segurança nacional, o fato foi devidamente comunicado ao Presidente da República.

Operação Spoofing – busca a hackers

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na terça-feira (23) a Operação Spoofing, que busca os suspeitos de hackear o aparelho celular do ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Três homens e uma mulher foram presos. São eles: Walter Delgatti Neto, o casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira e também Danilo Cristiano Marques. A PF investiga supostos patrocinadores do grupo.

Gustavo Henrique Elias Santos e Walter Delgatti Neto foram presos em ação da PF Foto: Reprodução

Walter Delgatti Neto, o “Vermelho”, confessou à Polícia Federal que hackeou Moro, Dallagnol e centenas de procuradores, juízes e delegados federais, além de jornalistas. “Vermelho” acumula processos por estelionato, falsificação de documentos e furto.

Moro teve o celular invadido no dia 4 de junho por um hacker que teria acessado o aplicativo Telegram e trocado mensagens com contatos do ministro, que pediu a troca de telefone e o cancelamento da linha.

Mensagens vazadas

Desde 9 de junho, o site The Intercept Brasil divulga supostas mensagens trocadas pelo então juiz federal titular da Lava Jato em Curitiba com integrantes do Ministério Público Federal, principalmente com Dallagnol. Foram divulgadas pelo The Intercept e outros veículos conversas atribuídas ao ex-juiz e a procuradores no aplicativo Telegram. O site afirmou que recebeu de fonte anônima o material, mas não revelou a origem. Moro nega conluio – ele e Dallagnol afirmam não reconhecer a autenticidade das conversas.

O ministro da Justiça já afirmou que a invasão virtual foi realizada por um grupo criminoso organizado. Para ele, o objetivo seria invalidar condenações por corrupção e lavagem de dinheiro, interromper investigações em andamento ou “simplesmente atacar instituições”.

Em 19 de junho, Moro passou oito horas e meia respondendo a questionamentos de senadores na Comissão de Constituição e Justiça da Casa sobre supostas mensagens que sugerem atuação conjunta com os procuradores quando ele era juiz.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado