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Política & Poder

Para ministro da Educação, ‘homossexualismo’ é resultado de ‘famílias desajustadas’

Ao ser perguntado sobre bullying nas escolas, Milton Ribeiro relaciona a questão com homossexualidade — ou ‘homossexualismo’, como cita erroneamente

Redação Jornal de Brasília

24/09/2020 11h03

O ministro da Educação, Milton Ribeiro. Foto: Isac Nóbrega/PR

À frente do Ministério da Educação há dois meses, o ministro Milton Ribeiro, que é pastor presbiteriano, disse que pretende reformular o currículo do ensino básico e promover mudanças em relação à educação sexual. Segundo ele, a disciplina é usada muitas vezes para incentivar discussões de gênero. “E não é normal. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, mas não concordo”, afirmou ele.

Na visão do ministro, homossexualidade é resultado de “famílias desajustadas”. “Quando o menino tiver 17, 18 anos, ele vai ter condição de optar. E não é normal. A biologia diz que não é normal a questão de gênero. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, não concordo”, declarou, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

Perguntado se a escola é um ambiente com prática de bullying, o que leva, por exemplo, a depressão e outros casos mais graves, Ribeiro concorda que é importante discutir a respeito, mas relaciona a questão com homossexualidade — ou ‘homossexualismo’, como cita erroneamente.

“É claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso, e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião. Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) têm um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios.”

Já deu uma diretriz para revisão da Base Nacional Comum Curricular?

Esse é um ponto que precisamos atacar de maneira urgente. O prazo é 2023, mas não é feito da noite para o dia. Na educação básica, o Enem tem sido um balizador dos conteúdos que a gente requer, porque senão começa a falar lá de ideologia, sabe tudo sobre sexo, como colocar uma camisinha, tirar uma camisinha, sabe tudo. Fica gastando tempo com assuntos que são laterais. As crianças têm de aprender outras coisas.

Mas a educação sexual não deve ser tratada dentro da aula, inclusive para proteger a criança de abusos sexuais?

Nesse particular, sim. Existem temas que podem ser tocados para evitar que uma criança seja molestada. Mas não o outro lado que é uma erotização das crianças. Tem vídeo que corre na internet das meninas aprendendo a colocar uma camisinha com a boca.

Isso é um vídeo dentro de uma escola pública?

É dentro de uma escola (Na verdade, o vídeo citado pelo ministro foi gravado em uma universidade no interior da Bahia). Está no YouTube, é só procurar. E a professora mostrando como é. Dizem que é para proteger gravidez indesejada, mas a verdade é que falar para adolescente que estão com os hormônios num top sobre isso é o mesma coisa que um incentivo. É importante falar sobre como prevenir uma gravidez, mas não incentivar discussões de gênero. Quando o menino tiver 17, 18 anos, ele vai ter condição de optar. E não é normal. A biologia diz que não é normal a questão de gênero. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, não concordo.

O senhor é contra um professor transgênero na sala de aula?

Se ele não fizer uma propaganda aberta com relação a isso e incentivar meninos e meninas para andarem por esse caminho…. Tenho certas reservas.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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