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Política & Poder

Mourão defende que vice-líder flagrado com dinheiro na cueca deixe o posto

Vice-presidente negou que Chico Rodrigues, flagrado com dinheiro na cueca em operação que investiga fraudes na Saúde, faça parte do governo

Redação Jornal de Brasília

15/10/2020 11h34

O vice-presidente Hamilton Mourão acredita que seja uma boa medida a saída do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo, flagrado com dinheiro na cueca nesta quarta-feira (14). Na saída do Palácio da Alvorada, nesta quinta (15), Mourão afirmou que “seria bom” que Chico deixe a vice-liderança.

“Eu acho que seria bom ele [sair], voluntariamente”, afirmou. “Até para poder, vamos colocar assim, se defender das acusações de forma mais livre”, complementou.

Mourão ainda disse lamentar o episódio e aproveitou para afirmar que o presidente Jair Bolsonaro não tem interferência na Polícia Federal. “Ele não interfere em nada. Está aí a face mais clara disso.”

O vice-presidente também alegou que o senador alvo da PF não faz parte do governo. “Todos aqueles que estão dentro do Parlamento e que trabalham em favor do governo ou ocupando o cargo, como ele tem, de vice-liderança, ou até mesmo fazendo parte da base, é uma linha auxiliar, ele não é membro do Executivo”, afirmou.

Dinheiro na cueca

O senador, alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira, 14, em Boa Vista, escondeu dinheiro na cueca durante a abordagem dos policiais. A investigação, que corre sob sigilo, apura desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de covid-19, oriundos de emendas parlamentares. A ordem de busca e apreensão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo apurou com duas fontes que tiveram acesso a informações da investigação, foram encontrados R$ 30 mil dentro da cueca do vice-líder do governo Jair Bolsonaro, parte das notas, de acordo com investigadores, estavam entre as nádegas de Rodrigues.

Ao todo, os valores descobertos na casa do senador chegariam a R$ 100 mil. A investigação apura indícios de irregularidades em contratações feitas com dinheiro público, que teriam gerado sobrepreço de quase R$ 1 milhão.

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