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Política & Poder

Empresário bolsonarista pede a Toffoli que suspenda bloqueio de redes sociais imposta por Alexandre

Segundo o advogado João Manssur, que representa Fakhoury, uma decisão de Moraes viola jurisprudência da Corte, que entende ser inconstitucional a censura à liberdade de expressão, manifestação e imprensa

Redação Jornal de Brasília

27/07/2020 14h20

Otávio Fakhoury, advogado de defesa do empresário Supremo Tribunal Federal , ministro Dias Toffoli , para que seja suspenso um pedido de bloqueio de redes sociais impostas pelo ministro Alexandre de Moraes no exame de ofensas, ameaças e ‘fake news’ contra a Corte. A medida foi ajuizada em paralelo com outra ação, habilitada pelo presidente Jair Bolsonaro e Advocacia-Geral da União , para delimitar o entendimento do STF sobre o tema.

Segundo o advogado João Manssur, que representa Fakhoury, uma decisão de Moraes viola jurisprudência da Corte, que entende ser inconstitucional a censura à liberdade de expressão, manifestação e imprensa.

Fakhoury teve uma conta suspensa no Twitter e no Facebook após investigações da Polícia Federal apontar para ‘presença de um mecanismo coordenado de criação e divulgação’ ofensas e ‘fake news’ contra o STF após partida de líderes liderados por blogueiros bolsonaristas – ou estratégia próxima financiado de forma velada por empresários. A ordem de bloqueio foi especificada em maio, mas devido à ausência de informações específicas sobre os usuários, os servidores apenas cumpriram a medida na última sexta-feira, 24.

A defesa de Fakhoury já havia apresentado um habeas corpus em junho contra a decisão de Moraes, que ainda não foi analisada pelo Supremo. À época, o procurador-geral da República, Augusto Aras, se posicionou parcialmente a favor do empresário . O PGR opinou pelo prosseguimento da investigação, mas disse que a suspensão das contas nas redes sociais era desproporcional e não tinha utilidade prática.

Neste fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma ação direta de inconstitucionalidade junto à Advocacia-Geral da União (AGU) para defender a ‘liberdade de expressão’. Sem necessidade de decisão oficial do ministro Alexandre de Moraes, o Plano pede ao Supremo que delimite ou entenda as ordens judiciais para suspensão de monitoramento nas redes sociais são medidas ‘desproporcionais’.

“O bloqueio ou suspensão do perfil na rede social privada ou o cidadão da sua opinião pode chegar ao grande público, ecoando sua voz de modo abrangente. Nos dias atuais, na prática, é como privado ou cidadão de falar ”, alegou o presidente e a AGU.

Além de Fakhoury, uma medida alcançada aliada do presidente como blogueiro Allan dos Santos, uma extremista Sara Giromini, o empresário Luciano Hang e o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB).

Estadão Conteúdo

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