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Política & Poder

Decisão de Barroso sobre embaixada atende deputado chavista, diz Bolsonaro

O governo brasileiro havia estipulado até este sábado a saída dos diplomatas do governo Nicolás Maduro. A Venezuela se recusa a cumprir a decisão alegando pressões desnecessárias do Planalto

Redação Jornal de Brasília

02/05/2020 19h05

O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para criticar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que suspendeu neste sábado, 2, o ato presidencial que determinava a expulsão de funcionários da Embaixada da Venezuela em Brasília.

Na publicação, Bolsonaro afirma que o ministro, ao atender um pedido do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e conceder a liminar, acatou os argumentos de um defensor do regime de Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez no comando da Venezuela. “O deputado em questão, como se observa em vários vídeos, é um ferrenho defensor do regime Chávez/Maduro”, afirma Bolsonaro.

Antes da publicação e Bolsonaro, Paulo Pimenta já tinha divulgado um vídeo na internet para comemorar a determinação de Barroso. “Essa decisão de Bolsonaro era uma atrocidade”, disse o deputado, afirmando que, somente na última quinta-feira, dia 30 de abril, 34 diplomatas venezuelanos foram informados que teriam de deixar o País. “Um gesto de ódio, de ressentimento, sem qualquer necessidade, em plena pandemia. Não havia nenhuma razão que justificasse tamanha atrocidade do governo Bolsonaro contra os representantes do povo venezuelano”, declarou Pimenta.

A decisão do presidente que determinava a expulsão de funcionários da Embaixada da Venezuela em Brasília também foi assinada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. O governo brasileiro havia estipulado até este sábado a saída dos diplomatas do governo Nicolás Maduro. A Venezuela se recusa a cumprir a decisão alegando pressões desnecessárias do Planalto.

A decisão também previa a expulsão de funcionários de consulados venezuelanos em Belém, Boa Vista, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo (SP).

A suspensão determinada por Barroso vale por dez dias e o ministro requisitou, neste período, que Bolsonaro e o ministro Ernesto Araújo prestem informações sobre a expulsão.

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