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Política & Poder

Após vitória de Alberto Fernández na Argentina, Bolsonaro diz que país “escolheu mal”

“O primeiro ato do Fernández foi já ‘Lula Livre’, dizendo que ele está preso injustamente”, lamentou o presidente

Willian Matos

28/10/2019 8h18

Willian Matos
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O presidente Jair Bolsonaro comentou, nesta segunda-feira (28), sobre a vitória de Alberto Fernández nas eleições presidenciais na Argentina. Para o chefe do Executivo brasileiro, o país vizinho “escolheu mal”.

“Lamento. Eu não tenho bola de cristal, mas eu acho que a Argentina escolheu mal”, disse Bolsonaro, ao deixar os Emirados Árabes.

“O primeiro ato do Fernández foi já ‘Lula Livre’, dizendo que ele está preso injustamente, e já disse a que veio. Sem contar o pessoal de esquerda do Brasil que está lá.”

Sem parabéns

Perguntado se vai parabenizar Fernández pela vitória, Bolsonaro diz que não pretende. “Não pretendo parabenizá-lo. Agora, não vamos nos indispor. Vamos esperar o tempo para ver qual é a posição real dele na política, porque ele vai assumir, vai tomar pé do que está acontecendo e vamos ver qual linha que ele vai adotar.”

Vitória

Após a Argentina sofrer a maior crise já vivida em 17 anos no governo do chefe de Estado liberal Mauricio Macri, o advogado de 60 anos, Alberto Fernández, se elegeu presidente do país no domingo (27). Com 95,31% das urnas apuradas, o candidato de centro-esquerda obteve 47,99% dos votos, contra 40,48% de Macri. Eram necessários 45% dos votos ou mais de dez pontos de vantagem para que houvesse vitória em primeiro turno.

Com o resultado, Fernández, cabeça da chapa formada com a ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015), assumirá em 10 de dezembro a presidência do país, que conta com 44 milhões de habitantes e passa por grave crise econômica.

“Os tempos que vêm não são fáceis (…) O único que nos preocupa é que os argentinos parem de sofrer”, disse Fernández.

Resultado das eleições foi apurado na noite de domingo (27). Foto: Alejandro Pagni/AFP

Ao seu lado, Cristina Kirchner pediu a Macri que nos últimos dias de seu mandato “tome todas as medidas necessárias para aliviar esta situação dramática”.

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