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Saúde

Na retomada de cirurgias eletivas, Estados e municípios adotam mutirões

Na capital paulista, as cirurgias eletivas foram suspensas em março deste ano, com o agravamento da pandemia, e retomadas no mês passado

Redação Jornal de Brasília

13/09/2021 5h40

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF

Mutirões e pagamentos extras estão entre as estratégias adotadas por Estados e municípios para tentar reduzir as filas que se formaram diante do adiamento ou interrupção das cirurgias eletivas durante os períodos mais críticos da crise da covid-19.

Na capital paulista, as cirurgias eletivas foram suspensas em março deste ano, com o agravamento da pandemia, e retomadas no mês passado. Atualmente, de acordo com a gestão municipal, há 144.114 pessoas na fila e os principais procedimentos aguardados são as cirurgias ortopédica, geral, ginecológica e otorrinolaringológica.

A Secretaria Municipal da Saúde informou, em nota, que lançou um programa em julho para reorganizar a grade de procedimentos cirúrgicos no município com ampliação do atendimento em unidades do Hospital Dia.

“Desde o início do programa, em julho de 2021, foram direcionados para avaliação cirúrgica 13.740 pacientes e, desde o dia 2 de agosto foram realizadas 3.286 cirurgias e 2.332 procedimentos diagnósticos previstos no projeto.”

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo afirmou que os procedimentos eletivos não foram suspensos nas unidades estaduais, mas reprogramados a partir da avaliação dos pacientes.

“O Estado inclusive já retomou as atividades ambulatoriais em nove Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) que tinham ativado hospitais de campanha para combate à pandemia e agora retornam aos seus perfis originais graças à queda dos indicadores.”

Para Gonzalo Vecina, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), organizar a fila é fundamental.

“Nesta altura do campeonato, tem de tentar evitar uma terceira onda, que seria desastrosa. Mas é preciso tentar estruturar melhor a fila. Não existe jeito de atender tudo que é necessário ser atendido, não existe país que faça isso. Só temos uma fila que é honesta e correta, que é a de transplantes, as demais não são organizadas e transparentes. Elas deveriam ser organizadas pelos Estados a partir de manchas demográficas em um acordo de governança entre Estados e municípios e fazendo com que as pessoas que precisam de uma cirurgia consigam realizá-la.”

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Vice-presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) na Região Sudeste, Nésio Fernandes, que também é secretário de Estado da Saúde do Espírito Santo, diz que o Brasil já enfrentava uma tripla carga com as doenças crônicas, metabólicas e causas externas, como os acidentes de trânsito, e a covid pressionou ainda mais o sistema.

Estadão Conteúdo

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