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Saúde

Hepatites A, B e C são tipos mais comuns no Brasil

Para alertar e conscientizar a população sobre a doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais

Redação Jornal de Brasília

28/07/2020 6h00

Atualizada 27/07/2020 17h41

Foto: Reprodução/Marinha do Brasil

Caracterizada pela inflamação no fígado, a hepatite é uma doença de difícil identificação, pois nem sempre apresenta sintomas. Para alertar e conscientizar a população sobre a doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.

No Brasil, os vírus mais comuns são os que causam as hepatites A, B e C. A hepatite A é transmitida por via oral-fecal de uma pessoa infectada para uma saudável através de alimentos ou água contaminada. As hepatites B e C são transmitidas sexualmente ou pelo sangue, de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas (cachimbos); reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos; falha de esterilização de equipamentos de manicure; entre outros.

Por ser uma infecção silenciosa, ela pode evoluir por anos até que paciente sinta algum sintoma ou tenha um diagnóstico confirmado. Quando presentes os sintomas podem ser: enjoo, vômitos, tontura, pele e olhos amarelados, dores abdominais, urina escura e fezes claras. É comum o paciente só descobrir a doença quando o fígado já está comprometido, levando a complicações graves como cirrose e câncer de fígado.

O médico hematologista e diretor técnico do Grupo Sabin, Rafael Jácomo esclarece que a melhor forma de diagnosticar com segurança a doença é através de exames laboratoriais. “Por meio de testes bioquímicos, conseguimos confirmar se há um aumento relevante no número de enzimas do fígado (transaminases) associadas a lesão do tecido hepático”, explica. O médico também afirma que o diagnóstico é importante pois alguns dos sintomas podem ser confundidos com outros tipos de viroses. As hepatites B e C podem ser diagnosticadas através de exame de sangue capaz de identificar os vírus na corrente sanguínea.

Em 2017, o Sabin apoiou uma pesquisa realizada no Distrito Federal sobre a Hepatite C. O trabalho da gastroenterologista e hepatologista Daniela Louro foi premiado como a melhor ideia do Centro-Oeste pela Sociedade Brasileira de Hepatologia. A pesquisa analisou a prevalência da hepatite C em indivíduos acima de 40 anos, submetidos a qualquer exame de sangue nas unidades do Grupo Sabin no Distrito Federal. Os pacientes que tinham resultado positivo eram contactados e encaminhados para o Instituto Hospital de Base para continuarem a investigação e iniciarem o tratamento. A pesquisa durou dois anos com um total de 62 mil testes realizados, trazendo aos 181 doentes identificados a oportunidade de diagnóstico e cura.

A hepatite A é a mais comum e também a mais leve. Os médicos recomendam geralmente dieta e repouso. Já as hepatites B e D ainda não possuem tratamentos disponíveis que ofereçam a cura, somente o controle do dano no fígado, retardando a cirrose e a incidência de câncer de fígado.

A prevenção é o melhor caminho. A hepatite B, assim como a A, possui vacina prevista no calendário de vacinação infantil. Adultos que não foram vacinados, também pode se imunizar com três doses da vacina. A hepatite C, não possui vacina, mas tem tratamento que possibilita 90% de chance de cura, se o paciente seguir corretamente o protocolo indicado pelo médico.

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