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Saúde

Desconforto silencioso: mau hálito afeta 30% da população brasileira

Ainda de acordo com o dentista, a maioria das pessoas que têm mau hálito não percebe é o que chamam de fadiga olfatória

Redação Jornal de Brasília

19/04/2024 15h54

Foto: Divulgação

A halitose, mais conhecida como mau hálito, é um problema comum que afeta uma parcela significativa da população mundial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 40% das pessoas sofram com o problema em algum momento da vida. No Brasil, os números também são alarmantes: a Associação Brasileira de Halitose (ABHA) estima que 30% da população nacional, o que equivale a cerca de 50 milhões de pessoas, já tenha experimentado o mau hálito em algum momento.

O mestre e doutor em perio-implantodontia e diretor da Faculdade Aria de Odontologia, Alessandro Januário, explica que embora a halitose possa ter diversas causas, na maioria dos casos (cerca de 90%), o problema se origina na boca. “Podemos destacar que as doenças periodontais, como a gengivite provocada pela falta de higiene correta da boca e dos dentes, cáries e a alteração do padrão salivar estão entre os fatores que contribuem para a doença. Mas a halitose em 10% dos casos também pode ter causas sistêmicas como doenças renais, sinusites, problemas respiratórios e amigdalites freqüentes”, explica o especialista. Alessandro Januário ressalta ainda que o jejum prolongado também pode provocar mau hálito.

Ainda de acordo com o dentista, a maioria das pessoas que têm mau hálito não percebe é o que chamam de fadiga olfatória. “A pessoa se acostuma com aquele cheiro é igual ao perfume. Às vezes você passa a colônia e já não sente mais nada, mas alguém chega perto e diz: está cheiroso é um princípio semelhante. Isso porque a pessoa com o passar do tempo se acostuma e não percebe que está com o problema”, alerta o diretor da Faculdade Aria de Odontologia.

O mau hálito pode ter um impacto negativo na vida das pessoas, causando constrangimento e insegurança nas relações interpessoais, afetando a vida social e profissional. O mestre e doutor em perio-implantodontia, Alessandro Januário, reforça que é importante tomar cuidado com soluções que podem mascarar o problema. “O enxaguante bucal assim como o chiclete só disfarçam a halitose e não resolve a situação. É fundamental procurar o dentista para identificar as causas do problema e tratá-lo de forma eficaz”, finaliza o dentista.  

Como prevenir a halitose

  • Escove os dentes pelo menos duas vezes ao dia por dois minutos: Utilize uma escova de cerdas macias e creme dental com flúor.
  • Use fio dental diariamente: O fio dental remove os restos de alimentos e placa bacteriana dos espaços entre os dentes, onde a escova de dentes não alcança.
  • Limpe a língua: Utilize um raspador de língua ou a parte de trás da escova de dentes para remover a saburra lingual.
  • Beba bastante água: A água ajuda a manter a boca hidratada e a estimular a produção de saliva.
  • Evite fumar e consumir bebidas alcoólicas em excesso: O fumo e o álcool são prejudiciais à saúde bucal e podem causar mau hálito.
  • Visite o dentista regularmente: Consulte o dentista para realizar check-ups e limpezas bucais profissionais pelo menos a cada seis meses.

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