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Saúde

Alzheimer: especialista indica que principal forma de proteção contra demência é “fortalecimento cerebral”; entenda

Nesta quinta (21), é Dia Nacional de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer

Redação Jornal de Brasília

21/09/2023 11h04

Imagem ilustrativa

Maria Eduarda Lima e Natalia Francescutti
Jornal de Brasília/Agência Ceub

Alzheimer é o nome de uma doença degenerativa que atinge cerca de um milhão de pessoas no Brasil, acometendo principalmente idosos entre 60 e 90 anos. O sintoma mais conhecido é a perda de memória, mas também pode estar ligada a comportamentos confusos, delírios, mudança de personalidades e até limitações físicas. Nesta quinta (21), é Dia Nacional de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer.

Segundo a médica Claudia Suemoto, geriatra e professora da USP (Universidade de São Paulo), um fator importante para a proteção contra a demência é o fortalecimento cerebral.

Para a especialista, entre os principais fatores de risco estão a diabetes, hipertensão, obesidade, inatividade física, tabagismo, uso excessivo de álcool.

Proteção contra Alzheimer

Baixas taxas de escolaridade também se destacam. “Quanto mais a pessoa estuda, principalmente no começo da vida, infância, adolescência e início da fase adulta, melhor. É muito importante  para a formação cerebral”, disse.

Por ser uma doença que compromete as funções cerebrais, o próprio paciente ou a família, ao perceberem um déficit cognitivo de memória, linguagem, planejamento ou raciocínio, devem procurar atendimento médico.

A geriatra explica como o diagnóstico é feito com base em uma série de  exames cognitivos, que testam a memória , a atenção e a linguagem. “É importante complementar com exame de sangue e vitaminas, tireoide, função renal, função hepática e exame de imagem (ressonância). A maior parte dos diagnósticos são feitos assim”, afirma.

Mudança de vida 

Mudança de personalidade, perda de memória da família e alteração dos hábitos diários estão sendo sentidos de muito perto pela estudante Maria Eduarda Alvares. O mundo mudou depois que a avó, a Noélia, de 85, foi diagnosticada com Alzheimer.

A neta recorda que Noélia tinha uma vida bastante ativa, incluindo dirigir e praticar exercícios físicos. Com a descoberta da doença, Maria Eduarda conta que ela raramente sai de casa por recomendação médica, não dirige mais e está sempre acompanhada de uma cuidadora de idosos.

“É bem difícil para mim ver a nova versão da minha avó, tenho lembranças dela sendo bem ativa e saudável e, do nada, tudo mudou e a família teve que se adaptar a essa nova realidade”.

Medicamentos

A médica Claudia Suemoto ressalta que avanços estão sendo feitos em direção a novos medicamentos. “Nos últimos anos, têm aparecido novas drogas que ainda não foram aprovadas no Brasil, mas já estão disponíveis nos Estados Unidos, que são chamadas drogas antiamiloide”.

As substâncias têm a função de “limpar” essa proteína beta-amiloide, que é característica do Alzheimer. “Esse tratamento tem parecido ser promissor, talvez para estabilizar os sintomas cognitivos nos casos de Alzheimer leve. Ainda estão tentando entender a real eficácia e possíveis efeitos colaterais”.

Outro fator importante, segundo a geriatra, são os cuidados complementares para quem já tem demência, por meio da estimulação e reabilitação cognitiva.

Através de exercícios, atividades em grupo ou individuais, tendo como objetivo melhorar os sintomas cognitivos, como memória, linguagem e planejamento para resolução de problemas.

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