Menu
Política & Poder

Você que se solidarize com essas pessoas, diz Bolsonaro sobre mortos no Alemão

O chefe do Executivo disse ter ligado para a irmã do policial que trabalhava na UPP na região quando morreu durante a operação

FolhaPress

22/07/2022 12h58

Marianna Holanda

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se negou, nesta sexta-feira (22), a prestar solidariedade às vítimas da operação no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro, na véspera.

Bolsonaro só lamentou a morte do cabo Bruno de Paula Costa, a quem chamou de “irmão paraquedista”. Outras 18 pessoas morreram na ação policial. Entre as vítimas estão duas mulheres que passavam pela região –uma delas confirmada nesta sexta.
“Você que se solidarize com essas pessoas, tá ok?”, disse a jornalistas, quando questionado sobre as demais vítimas. O presidente visitava um posto de gasolina para celebrar a queda no preço dos combustíveis.

O chefe do Executivo disse ter ligado para a irmã do policial que trabalhava na UPP (Unidade de Polúcia Pacificadora) na região quando morreu durante a operação.

A ação, que começou no início da manhã, contou com 400 policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), da Polícia Militar, e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), da Polícia Civil. Também foram utilizados dez blindados e quatro helicópteros.

Comandante do Bope, o tenente-coronel Uirá Nascimento afirmou que a operação foi necessária porque dados de inteligência indicaram que a quadrilha poderia se movimentar e cometer ações criminosas na cidade, como invasão de outras favelas e roubo a bancos.

Segundo ele, os bandidos estavam arregimentados com fardas militares similares às utilizadas pela PM e pela Polícia Civil para cometer atentados.

A polícia afirma que criminosos do Alemão estão praticando roubos de veículos, principalmente nas áreas dos bairros do Grande Méier, Irajá e Pavuna.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado