Um protesto de cinco horas, que reuniu 500 manifestantes e obrigou a Polícia Militar (PM) a reforçar a segurança dos políticos, fez com que os vereadores de São José do Rio Preto (SP) adiassem, na noite de ontem, a votação do chamado “Pacotão da Alegria”, que prevê gastos anuais de R$ 16,3 milhões no Executivo e Legislativo.
O pacotão é um conjunto de projetos que criam 230 vagas para apadrinhados na prefeitura local, aumenta de 17 para 23 o número de vereadores (e mais 18 assessores) e reajusta em até 75% os salários dos vereadores (de R$ 4,8 mil para R$ 8,4 mil), do prefeito (de R$ 9 mil para 12 mil), do vice e dos secretários municipais.
Os projetos deveriam ser aprovados em duas sessões extraordinárias, mas na segunda sessão o presidente da Câmara, Oscar Pimentel (PPS), que estava protegido junto com os outros vereadores por um cordão de segurança feito pelos PMs, encerrou os trabalhadores alegando falta de segurança, justamente quando seria rejeitada a proposta para aumento do número de vereadores. Com o fim da sessão, também não puderam ser votados os projetos de aumento de salários e de criação de cargos. Os projetos devem retornar à votação na próxima terça-feira.