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Política & Poder

Valdemar e Michelle defendem nomes do PL para vaga do Senado em SP

PL e aliados articulam nomes para fazer dobradinha com Guilherme Derrite; Ricardo Salles tenta reaproximação e Rodrigo Garcia surge como alternativa

Redação Jornal de Brasília

01/12/2025 12h50

Foto: Beto Barata/ PL.

Foto: Beto Barata/ PL.

MARIANNA HOLANDA
FOLHAPRESS

Aliados na direita disputam a segunda vaga de São Paulo ao Senado em 2026 para fazer dobradinha com o deputado Guilherme Derrite (PP), diante do cenário cada vez mais concreto de que Eduardo Bolsonaro (PL) não deve voltar ao Brasil para concorrer. Hoje há ao menos seis políticos na corrida.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro apostam em nomes do partido para compor a chapa.

Enquanto isso, o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) avança ao buscar apoios de integrantes do bolsonarismo e, segundo relatos, reaproximou-se recentemente do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo.

Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, um grupo de políticos aliados de Salles e do bolsonarismo busca reconstruir essa aliança. O ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro deixou o PL em 2024 para disputar a Prefeitura de São Paulo e se afastou do ex-presidente nos últimos anos.

Esses aliados tentam uma aproximação pragmática: afirmam que Salles tem alinhamento programático e está mais bem posicionado em pesquisas. Mas, para consolidar a aliança, ele precisaria do aval da família Bolsonaro, o que ainda não ocorreu.

Já no PL, Valdemar citou à reportagem quatro nomes da sigla que poderiam entrar na dobradinha com Derrite: o vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo, o deputado federal Marco Feliciano, o deputado estadual Tomé Abduch e a deputada federal Rosana Valle.

Os nomes de Mello Araújo e Feliciano já vinham sendo cotados há alguns meses e, inclusive, foram testados em pesquisas internas. Mas a citação de Abduch, militante do movimento Nas Ruas, e Rosana são novas.

Ela é presidente do PL Mulher em São Paulo, representação estadual da instituição partidária que, nacionalmente, é comandada por Michelle. É citada como um nome que conta com o aval da ex-primeira-dama.

“Sei que a decisão de um nome indicado para a disputa ao Senado pelo PL será no tempo certo e em consenso entre o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, a presidente nacional do PL Mulher, a ex-primeira dama da República Michelle Bolsonaro, e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto”, disse a deputada.

Feliciano, que é pastor, também é um possível candidato visto com bons olhos por Michelle. Em entrevista ao Metrópoles em agosto, Eduardo Bolsonaro elogiou o deputado federal para a vaga.

Abduch disse à reportagem estar à disposição para a empreitada. “Estou muito à disposição para essa vaga. Há mais de dez anos representando a direita, lutando por princípios e valores. Acredito que a decisão [de quem será o candidato] será do grupo político, é importante para o futuro do Brasil, todos vão ver com responsabilidade”, afirmou.

O PL planeja manter a segunda vaga do Senado no partido, se a configuração atual das legendas aliadas se mantiver, com Tarcísio disputando a reeleição. Dessa forma, o Republicanos terá o candidato a governador, o PSD, a vice, e o PP, a primeira vaga ao Senado.

Entusiastas da reconciliação com Salles avaliam que talvez ele tenha de se filiar novamente ao PL caso deseje concorrer ao cargo na chapa –o que não está em discussão no momento.

Outro nome que corre por fora, segundo participantes dessas conversas, é o do ex-governador Rodrigo Garcia. Atualmente sem partido, ele tem procurado bolsonaristas para buscar uma aproximação da família do ex-presidente, em busca de apoio para concorrer ao Senado.

Ele conta com a simpatia de lideranças do PL e também se aproximou de Tarcísio nos últimos anos, mas enfrenta resistência das alas mais radicais do bolsonarismo, que veem seu nome com desconfiança.

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