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Política & Poder

Três ministros de Bolsonaro reassumem mandato parlamentar para votar por reforma

Onyx Lorenzoni, é um que vai reassumir temporariamente o mandato de deputado federal a partir desta terça-feira

Redação Jornal de Brasília

08/07/2019 17h27

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, vai reassumir temporariamente o mandato de deputado federal a partir desta terça-feira, 9, porque “faz questão” de dar o seu voto a favor da reforma da Previdência no plenário da Câmara. Onyx é considerado o principal articulador do governo pela reforma junto ao Congresso e também deve acompanhar de perto o encaminhamento da votação. 

Outros dois ministros, Tereza Cristina (Agricultura) e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo), estarão na Câmara como deputados a partir de terça-feira para votar pela reforma. Os afastamentos devem ser publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta terça. A expectativa é que eles retornem aos respectivos cargos na quinta-feira, 11.

O suplente de Onyx é o deputado Marcelo Brum (PSL-RS). Além de ser do partido do presidente Jair Bolsonaro, Brum deixa claro nas redes sociais que é a favor da proposta. Na última semana, ele comemorou a aprovação do texto na Comissão Especial da Casa dizendo ser uma “vitória para o Brasil”. Apesar disso, aliados dizem que Onyx “faz questão” de dar o seu voto.

No caso de Tereza Cristina, a suplente é a deputada Bia Cavassa (PSDB-MS). No Placar da Previdência, feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, a parlamentar não foi encontrada para informar sua posição sobre a reforma. Ela também não fez publicações sobre o tema em suas redes sociais.

O substituto do ministro Marcel Álvaro é o deputado Enéias Reis (PSL-MG), seu correligionário, que também aparece entre os que não foram encontrados para falar sobre sua intenção de voto.

Embora tenha sido eleito deputado federal na última eleição, o ministro Osmar Terra (Cidadania) não deve deixar o mandato nos próximos dias. A avaliação é de que o seu suplente, Darcísio Perondi (MDB-RS), é “voto fechado” a favor da reforma. Perondi é vice-líder do governo Bolsonaro e defende a proposta desde o governo do ex-presidente Michel Temer.

Mais cedo, a líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), disse que acredita que a reforma da Previdência será aprovada em dois turnos no plenário da Câmara até esta sexta-feira. A parlamentar disse acreditar também que o placar será um pouco mais de 340 votos a favor da proposta.

José Guimarães diz que oposição usará tudo que puder para obstruir reforma

Integrantes dos partidos da oposição estão reunidos na Câmara dos Deputados para discutir as estratégias que serão usadas na votação da reforma da Previdência no plenário da Casa.

De acordo com o deputado José Guimarães (PT-CE), a ideia é usar o chamado kit obstrução, que consiste em uma série de medidas previstas no regimento, mas que podem atrasar os trabalhos. “Vamos discutir qual será a estratégia, vamos usar tudo o que pudermos para obstruir.” 

O petista disse ainda que a oposição manterá os nove destaques que foram apresentados ao texto na comissão especial. Eles terão que ser analisados um a um após a votação do relatório aprovado pelo colegiado na semana passada. 

Na avaliação de Guimarães, é possível que a conclusão da deliberação sobre a proposta ocorra somente na semana que vem. Os deputados, no entanto, iniciarão o recesso parlamentar em 18 de julho. 

Projeto

Guimarães disse ainda que a oposição não aceitará votar o projeto de lei que trata da antecipação de honorários periciais ao INSS na Justiça Federal que está na pauta da sessão desta segunda-feira porque a reunião de líderes que estava marcada para às 18h foi adiada para às 9h desta terça. 

“Não vamos votar nada hoje (segunda) porque não é assim que se faz. Tem que discutir com os líderes antes o que será votado. Não pode se impor assim”, disse.

Estadão Conteúdo.

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