Raphaella Sconetto
[email protected]
Durante o segundo bloco do debate com os candidatos ao Governo do DF nesta quarta-feira (26), jornalistas do Jornal de Brasília e representantes do Conselho Federal de Administração fizeram perguntas aos postulantes. Cada um teve um minuto e trinta segundos para responder.
Leia também: Candidatos criticam pesquisas de intenção de voto no 1º bloco do Debate JBr.
Transporte público
A primeira pergunta foi para Eliana Pedrosa (PROS). O repórter de Política Francisco Dutra questionou qual seria o projeto da candidata na área do transporte público e se ela iria rever a licitação em vigor. A candidata, porém, usou a maior parte do tempo para falar sobre a “reconstrução da cidade”.
“Se eleita, vou rever esse processo licitatório, que até tem decisão do tribunal. Mas, mais do que isso, temos que nos preocupar com a reconstrução da cidade. Caiu viaduto, vários prédios públicos e escolas estão sem condições, sem manutenção. Está na hora de reconstruir, de colocar todos os esforços para que a cidade volte a ter segurança”, afirmou. Além disso, Eliana prometeu executar a reforma do Teatro Nacional, reconstruir e construir escolas e incentivar atividade econômica.
![](https://cdn.jornaldebrasilia.com.br/wp-content/uploads/2018/09/WhatsApp-Image-2018-09-26-at-19.07.08-1024x682.jpeg)
Foto: Jornal de Brasília
Carga tributária
A segunda pergunta foi para o candidato Júlio Miragaya (PT). A jornalista do CFA, Elisa Ventura, perguntou como ele avalia a carga tributária que é cobrada aos microempresários do DF, e se mudaria algo. Em sua resposta, Miragaya informou que pretende reduzir a carga tributária sobre a pessoa jurídica. “Essa questão é normatizada por uma legislação nacional, que foi aperfeiçoada pelo governo do presidente Lula, que criou o Simples e traz facilidade ao pequeno e microempreendedor. Não é questão de isentar os tributos. Temos uma tributação excessiva para pessoa jurídica, e pouca para quem tem alta renda e riqueza. Temos que mudar a chave”, alegou.
Saúde
Em seguida, a candidata Fátima Sousa (Psol) foi questionada pelo jornalista Eric Zambon, do JBr., sobre seu plano de governo para a saúde, levando em consideração as filas, falta de pessoal e até estrutura física precária. Ela defendeu um novo modelo de gestão. “Todos sabemos a crise de saúde no DF. Entra governo e sai governo, não definiram um novo modelo de saúde. Vou trazer de volta o programa Saúde em Casa, com agentes comunitários, e vamos resolver de forma preventiva em torno de 80% a 85% do problema de localidade. Assim, vamos reduzir filas nos hospitais”, disse. A candidata comentou ainda que pretende qualificar a gestão do modelo Saúde da Família.
Servidores públicos
A próxima pergunta foi para o candidato Ibaneis Rocha (MDB). O jornalista Leandro Mazzini questionou sobre as aposentadorias de servidores públicos. “A criação dos fundos é necessária. Foi feita em âmbito federal e tem que ser feita no DF porque a pirâmide está se invertendo. A manobra que ocorreu (nova regras aos servidores do DF que começaram a valer no final do ano passado) vai causar prejuízo aos cofres, aos servidores e vamos ter que cuidar desse prejuízo. Quem promoveu essa manobra vai responder junto ao Judiciário no momento em que esse prejuízo for verificado. Vamos ter que rever porque senão não teremos condições para pagar aposentadorias dos servidores”, defendeu.
![](https://cdn.jornaldebrasilia.com.br/wp-content/uploads/2018/09/WhatsApp-Image-2018-09-26-at-20.18.15-1024x682.jpeg)
Foto: Jornal de Brasília
Empreendedores
O candidato Paulo Chagas (PRP) foi questionado pelo representante do CFA, Carlos Denner, a respeito dos empreendedores. “Vemos uma série de obstáculos ao empreendedor, que são colocados pelo tamanho do governo, porque fica preocupado com a arrecadação, em vez de aumentar a produção. Vamos incentivar novas empresas, tirando impostos dos primeiros seis meses, porque entendemos que só assim, aumentando a base da arrecadação, e quem faz isso é o empreendedor. São essas pessoas que vão criar emprego e renda, e vamos eliminar os mais de 300 mil desempregados”, prometeu o candidato.
“Favelização”
O sexto candidato a ser questionado pelos jornalistas foi Alberto Fraga (DEM). A pergunta foi do editor-executivo do JBr., Eduardo Brito, que abordou a quantidade de moradores de ruas nas regiões centrais do DF. “A cidade padece quando não tem políticas públicas. A falta mostra o grau de responsabilidade do governante e a consequência é a quantidade de moradores de ruas, e pessoas que não conseguem andar nas ruas por falta de segurança. Vamos criar políticas de assistência, da recuperação de drogados. Além de retirar pessoas das ruas e dar uma qualidade de vida melhor”, comentou.
Corrupção
Rogério Rosso (PSD) foi perguntado sobre a corrupção – se ele acredita que o problema está nos governantes ou se é algo estrutural. O candidato relembrou sua carreira pública e afirmou que a corrupção se “combate permanentemente”. “Governadores e gestores têm a obrigação da honestidade e competência. Órgãos de fiscalização e controle tem que trabalhar de forma permanente para evitar. Essa questão do combate a corrupção será referência em todo o País. O Estado tem que ser livre dessa corrupção que destrói o serviço público”, alegou.
![](https://cdn.jornaldebrasilia.com.br/wp-content/uploads/2018/09/WhatsApp-Image-2018-09-26-at-20.18.10-1024x682.jpeg)
Foto: Jornal de Brasília
Articulação com a Câmara Legislativa
O atual governador e candidato à reeleição, Rodrigo Rollemberg (PSB), foi questionado pelo jornalista Eduardo Brito a respeito de seu relacionamento com a Câmara Legislativa. Rollemberg aproveitou o momento para atacar o candidato Ibaneis Rocha, quando comentou sobre a aprovação do novo regime de previdência dos servidores. “Sempre me pautei pela franqueza e pelo diálogo. Colocamos medidas necessárias para colocar as contas em ordem e foi conversando com os deputados da oposição que conseguimos avançar. Até a aprovação do novo Instituto Hospital de Base”, defendeu.
![](https://cdn.jornaldebrasilia.com.br/wp-content/uploads/2018/09/WhatsApp-Image-2018-09-26-at-20.18.19-1024x682.jpeg)
Foto: Jornal de Brasília
Corpo diretivo
O último candidato a ser questionado no segundo bloco foi Alexandre Guerra (Novo). A pergunta foi sobre como será a comunicação do candidato, caso seja eleito, com o corpo diretivo. “Vamos dividir propósito e buscar caminhar junto, lado a lado, ombro a ombro. Meu plano de governo começa com reestruturação organizacional. Vai ser um choque de gestão. Vou reduzir os números de secretarias de 21 para 11. Serão onze secretários capazes e competentes”, finalizou.
![](https://cdn.jornaldebrasilia.com.br/wp-content/uploads/2018/09/WhatsApp-Image-2018-09-26-at-20.18.32-1024x682.jpeg)
Foto: Jornal de Brasília