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Política & Poder

Tolentino nega relação com FIB Bank e Barros

Empresário depõe à CPI após “fugir” da comissão alegando problemas de saúde

Willian Matos

14/09/2021 11h33

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O empresário Marcos Tolentino, tido como sócio-oculto da empresa FIB Bank, disse em depoimento à CPI da Pandemia nesta terça-feira (14) que não faz parte da sociedade. A FIB Bank ofereceu carta de fiança à Precisa Medicamentos para que a empresa pudesse vender ao Ministério da Saúde a vacina indiana Covaxin.

“Eu, Marcos Tolentino, afirmo que não possui qualquer participação na sociedade [da FIB Bank]”, disse o empresário, no início do depoimento. Apesar do nome, a FIB Bank não é uma instituição financeira e não tem autorização para atuar desta forma.

Sendo assim, os senadores não sabem, de fato, quem é o dono da tal FIB Bank. A CPI já recebeu Roberto Ramos Júnior, que se diz presidente da entidade, mas negou ter conhecimento sobre diversas questões. A comissão tenta entender a ligação entre FIB Bank e as empresas MB Guassu e Pico do Juazeiro.

Ricardo Barros

Sobre a ligação com o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), Marcos Tolentino assumiu ser amigo de Barros, mas negou qualquer ligação profissional. O empresário classificou o deputado como “conhecido de muitos anos”. “Até hoje mantenho vínculo de respeito e amizade, nada mais do que isso”. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), chegou a dizer ao depoente o seguinte: “Se o Sr está aqui hoje, isso se deve ao deputado Ricardo Barros.”

A CPI investiga um suposto esquema no Ministério da Saúde que seria coordenado por Barros. O deputado seria sócio da FIB Bank. A informação foi negada por diversos depoentes.

O depoimento de Marcos Tolentino aos senadores estava marcado para o começo de setembro. O empresário, no entanto, informou que havia sido internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com “formigamento no corpo”, e conseguiu adiar a oitiva. O médico que concedeu atestado entrou em contato com a CPI para dizer que desconfiou de que Tolentino repassou informações inverídicas para conseguir o benefício.

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