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Política & Poder

Simone Tebet rejeita vice, defende Temer e fica em cima do muro sobre Lava Jato

Os partidos afirmaram que irão anunciar quem representará uma candidatura única das quatro siglas à Presidência neste ano

FolhaPress

18/04/2022 12h05

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Victoria Azevedo

Pré-candidata à Presidência, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) rejeitou a vaga de vice numa eventual chapa que reúna os partidos da chamada terceira vice. Tebet participou nesta segunda-feira (18) de sabatina promovida pela Folha e pelo UOL.

“Não sou candidata à vice-presidência. Ao abrir mão da pré-candidatura e aceitar o papel de vice eu estaria diminuindo o espaço das mulheres na política. Se eu não pontuar a ponto de ser cabeça de chapa, não vou ajudar sendo vice. Vou estar nesse palanque como cabo eleitoral”, afirmou Tebet.

Tebet voltou a dizer que o nome desse centro será anunciado até o dia 18 de maio. Como a Folha mostrou, os partidos União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania afirmaram no começo deste mês que irão anunciar nessa data quem representará uma candidatura única das quatro siglas à Presidência da República neste ano.

Ainda na sabatina, a parlamentar defendeu o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o seu governo e afirmou ainda ele tem atuado como conselheiro de sua pré-candidatura. “O ex-presidente Temer é um bom conselheiro, tem dado orientações. Não vamos esquecer da sua boa gestão”, continuou.

A parlamentar também afirmou que não se arrepende de ter votado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que votaria a favor de um eventual pedido de impedimento contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e que defende uma atualização da lei de crime de responsabilidade no Brasil.

Ao ser questionada sobre a Lava Jato, a senadora se colocou em cima do muro: não defendeu, nem criticou. “Não fico nem a favor nem contra a questão da Lava Jato. Ela cumpriu um papel importante, escancarou verdadeiros escândalos de corrupção, não adianta o PT dizer que não houve”, afirmou.

Por outro lado, diz que houve “excessos do rito processual”. “Não tenho dúvida nenhuma disso. Tenho um bom relacionamento com o [ex-juiz Sergio] Moro e quero acreditar que houve boa-fé. Mas aí tem que perguntar para ele, para os membros do Ministério Público, do Judiciário, para ver se houve má-fé ou boa-fé”, continuou.

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